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Microsoft, EA e Gerabox se posicionam contra transfobia do governo do Texas

Decisão executiva do governo do Texas permite investigações contra famílias com crianças trans Imagem: Stephanie Gonot / Pexels

De START, em São Paulo

15/03/2022 11h37

Mais de 60 companhias (entre elas Microsoft, Electronic Arts e Gerabox Entertainment) assinaram uma carta escrita pela ONG Human Rights Campaign em oposição a uma nova decisão executiva do governador do Texas, Greg Abbott, a respeito de crianças trans.

Em 22 de fevereiro, Aboott autorizou agências estaduais de proteção à criança a investigar famílias cujos pais oferecem cuidados de saúde a crianças trans que levem em consideração sua transgeneridade. A alegação do governo é que tal cuidado pode ser entendido como "abuso infantil".

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No dia seguinte, também pediu que cidadãos comuns se envolvam na questão, denunciando esses pais, novamente sob alegação de "abuso infantil".

Agora, sob o título "Discriminação é ruim para os negócios", a Human Rights Capaign lançou uma carta aberta nos principais jornais dos EUA, pedindo ao governador para "abandonar seus esforços anti-LGBTQ+".

O documento é endossado por diversas corporações, inclusive várias do setor de games.

"Nossas empresas fazem negócios, criam trabalhos e servem clientes no Texas", diz o texto. "Convocamos nossos líderes públicos, em Texas e em todo o país, para abandonar seus esforços para oficializar desiciminação em leis e regualmentações".

"Não é apenas errado. Há um impacto nos nossos funcionários, nossos clientes, suas famílias e nosso trabalho", continua.

Segundo Jessica Shortall, diretora-executiva da Texas Competes, uma rede empresarial pró-LGBTQIA+, muitos empregadores já estão tendo dificuldade de preencher vagas com expertise técnica no estado. Candidatos têm recusado a oportunidade quando são informados que precisam realocar para o Texas - um dos estados mais conservadores dos EUA.

No segmento dos games, isso é ainda mais impactante quando se analisam os dados da International Game Developers Association. A última pesquisa, de 2021, revela que 32% das pessoas que trabalham com desenvolvimento de jogo não se identificam como hétero e quase 10% não se identificam com o gênero a que foram designadas no nascimento.

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