O que Steve Jobs diria...

Sobre o TikTok?

Arte/UOL
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Como o ano só começa depois do Carnaval no Brasil, aproveito para falar de um assunto que bombou em 2019: o TikTok. O app deu certo: lançado em 2016, foi baixado mais de 1,5 bilhão de vezes, ficando atrás só do WhatsApp e Facebook Messenger. Isso lembra a Apple, que aos três anos já assustava gigantes. A IBM que o diga.
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O sucesso é tanto que o app está sendo copiado por rivais. O Instagram lançou o "Cenas", uma imitação clara. O Byte, dos criadores do finado Vine, e o Tangi, do Google, são clones deslavados. Não vou nem dizer o que esse tipo de coisa lembra. Afinal, não quero irritar meu amigo Bill hoje.
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A simplicidade é um fator importante no TikTok. Sempre defendi o "menos é mais". Você filma, edita, e publica com poucos toques na tela. Acho, aliás, que os funcionários da Apple têm de olhar para isso com atenção. Os apps da maçãzinha têm de seguir essa linha.
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Gosto da relação do app com a música. Quase todo vídeo do TikTok tem uma canção, e isso sacode a indústria. "Old Town Road" bombou no app e virou a 1ª música a ficar 19 semanas no topo da Billboard. Estou até com inveja. Sempre amei música. Não à toa, criei o iTunes.
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Mas, um problema sério é o descuido com a diversidade. A empresa reduzia o alcance de vídeos feitos por gordos e deficientes físicos. A desculpa não colou: queriam frear o bullying. Péssima atitude, mas, confesso, meu teto é de vidro. A Apple emprega majoritariamente homens e brancos. Passou da hora de mudar isso.
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Interessante notar que o TikTok é bem jovem: 41% do público tem de 16 a 24 anos. Sempre valorizei a juventude, pois é nessa fase que saem ideias inovadoras. Eu fundei a Apple aos 21. Estar próximo desse pessoal é sinônimo de influência no futuro da humanidade.
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Qual o veredito?

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Meu veredito é positivo. Com uma ideia boa, simples e que está sendo copiada, o app deve ficar ainda maior. Isso é um problemão para a Apple. A ByteDance, dona do TikTok, lançou o Resso, um serviço de streaming que pode rivalizar com a Apple Music. A falta de diversidade ainda preocupa, mas a Apple também passa por isso...
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Publicado em 28 de fevereiro de 2020.
Texto: Felipe Germano

Arte: Deborah Faleiros

Edição: Helton Simões Gomes

Aqui a gente faz um exercício de imaginação para saber o que Steve Jobs, sarcástico como só ele, acharia dos lançamentos atuais. Quinzenalmente em Tilt.

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