Após fracasso comercial, tradicional marca japonesa deixa de comercializar celulares no Brasil e restante da América Latina. Huawei e Xiaomi podem preencher esse vácuo
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Tchau, Xperia...
Foram quase 15 anos de operação no Brasil, mas agora a Sony confirmou os rumores que rolavam desde o começo do ano: chega de vender seus celulares por aqui
Lucas Lima/UOL
Aceleramos nosso plano de cessar a produção na fábrica de Pequim e saímos de várias regiões, como o Oriente Médio, a América Central e a América do Sul
Sony, em comunicado oficial
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Ficou para trás
O setor de telefonia móvel da japonesa dá prejuízo há anos. Em 2018, vendeu no mundo:
. Só 6,5 milhões de smartphones
. Contra 208 milhões de iPhones
. E 292 milhões aparelhos Samsung
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Dava para perceber?
Um grande sinal da saída da Sony do Brasil foi notado em março, quando as páginas das fichas técnicas dos celulares sumiram do site oficial
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O que aconteceu?
A estratégia da família de celulares Sony Xperia era ser um meio-termo entre os aparelhos intermediários e os top de linha. Tentava ser uma alternativa a Apple e Samsung, com boas especificações técnicas e recursos curiosos como supercâmera lenta e escaneamento de objetos em 3D
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Xperia XZ1
Um dos últimos lançamentos da Sony no Brasil, o modelo era um exemplo dessa estratégia: preços altos somados à força da concorrência mataram as ambições da empresa japonesa por aqui
A saída de cena da Sony coincide com as fabricantes chinesas Xiaomi e Huawei voltando ao Brasil. Ambas estão com vendas mundiais em alta, conquistando cada vez mais espaço com seus celulares de ótimo custo-benefício.
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A Xiaomi já está entre nós. Vende, desde março, dois modelos nas lojas da rede Ricardo Eletro. Os smartphones são oferecidos por meio de uma parceria com a fabricante brasileira DL. Outros dois modelos estão vindo em maio
Já a Huawei volta com uma estratégia parecida com a da Sony, trazendo de cara seu modelo mais premium, o P30 Pro. Entre outros recursos, traz uma câmera com zoom óptico de até 50 vezes