Se o período de pandemia e de distanciamento social tem sido desafiador, não poderíamos nem imaginar o quanto esse cenário seria ainda pior sem a presença da tecnologia no nosso cotidiano.
A capacidade de conexão foi fundamental para permitir que pelo menos boa parte das pessoas seguissem trabalhando de forma remota e com acesso a serviços essenciais, como educação e saúde. E, ao que tudo indica, no pós-pandemia devemos conviver cada vez mais com um futuro híbrido, no qual mesclaremos atividades virtuais e reais.
Os progressos mais recentes no âmbito digital tiveram em seu centro o uso de computadores e smartphones conectados à internet em banda larga e rodando sobre infraestruturas de TI que suportam um avanço exponencial nos dados processados, armazenados e trafegados. Esta combinação formou a base para a transformação digital inteligente. Apoiou, ainda, o desenvolvimento de muitos avanços da sociedade, como, por exemplo, nos estudos para desenvolvimento da vacina voltada ao combate à covid-19.
No entanto, em um cenário no qual a tecnologia ganha ainda mais protagonismo, cresce a preocupação no combate à exclusão digital da sociedade. No Brasil, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo IBGE, cerca de 40 milhões de pessoas ainda não têm acesso à internet. Ou seja, têm reduzidas as chances de estudo, trabalho e serviços essenciais.
Não à toa, a conectividade é considerada um direito humano — e não apenas um suporte ao desenvolvimento da sociedade. Isso porque, a conexão representa um caminho essencial para garantir direitos básicos aos cidadãos, que vão desde uma consulta médica virtual, até o ensino e o trabalho remoto. Ou seja, o não acesso à tecnologia representa um fator de exclusão social dos cidadãos.
No Brasil, com a chegada do 5G, existe uma expectativa de que as políticas públicas privilegiem os caminhos para uma conectividade mais equânime em todo o país. Com o avanço do modelo será possível ampliar o acesso à internet de altíssima velocidade das populações rurais e em regiões remotas, que hoje estão excluídas digitalmente.
Além das expectativas de que o 5G seja um facilitador desse movimento para reduzir a exclusão digital e social, deve ser também um acelerador da transformação no cotidiano das pessoas.
Por meio do uso de soluções de Inteligência Artificial e Realidade Aumentada, será possível criar Cidades Inteligentes, com a presença de veículos autônomos, otimização de serviços básicos — como água e luz —, entre tantas outras novidades.
Mas ao olharmos para esse futuro híbrido, no qual os ambientes real e virtual tendem a conviver cada vez mais juntos, é fundamental que os governos e as empresas se preocupem de forma comprometida em construir as bases para uma sociedade mais justa. Ou seja, com projetos no qual a tecnologia funcione como um equalizador e um impulsionador de oportunidades para todos.
De acordo com a consultoria McKinsey, essa digitalização pode representar um adicional de US$ 1,5 trilhão a US$ 2 trilhões ao PIB mundial até 2030.
Estamos diante de uma das grandes evoluções da história. No entanto, só os países que tiverem prontos para equilibrar o crescimento econômico com o combate à exclusão social e digital terão sucesso em longo prazo. Chegou a hora de unir esforços das entidades públicas e privadas para construirmos esse futuro híbrido!
*Diego Puerta é líder da Dell Technologies Brasil
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