Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Pix, cartão ou a mão: topa fazer pagamentos com um chip implantado na pele?
Desde sua estreia em novembro de 2020, o Pix trouxe facilidade para os usuários e um quê de inovação e revolução para a vida dos brasileiros. Do vendedor ambulante a lojas de grifes, hoje é possível aderir a essa forma de pagamento em quase todos os lugares, permitindo a substituição de cartões, TED, DOC e boleto, principalmente em operações financeiras realizadas por meio do celular.
Mas, e se houvesse um método ainda mais prático e que te permitisse pagar contas sem nem mesmo utilizar o celular? O que você acharia?
Particularmente, por ser um apaixonado por tecnologia e trabalhar com a área, estou sempre lendo, procurando saber das novidades e também me questionando sobre elas.
Em 2021, a empresa anglo-polonesa Walletmor afirmou ter se tornado a primeira no mercado a colocar à venda chips de pagamento implantáveis. Com um dispositivo que pesa menos de um grama, um pouco maior que um grão de arroz, e é formado por microchip e uma antena envolta por um biopolímero (um material semelhante ao plástico, mas de origem natural).
Apesar da proposta do microchip não ser algo relativamente novo —a primeira vez que foi implantado em um ser humano foi em 1998—, somente na última década a tecnologia ficou disponível comercialmente e passou a ser mais falado e utilizado por pessoas comuns.
Os chips que autorizam pagamentos por aproximação em smartphones podem ser usados em bares, farmácias, restaurantes, supermercados etc. Eles utilizam a tecnologia NFC (o mesmo sistema de pagamento em aproximação de smartphones), diferentes de outros implantes que se baseiam em identificação por radiofrequência (RFID).
Para quem tem curiosidade e pensa na possibilidade de colocar, a empresa afirmou que o chip é seguro, teve regulação aprovada e que funciona de forma imediata após ser inserido. Quanto aos valores, estão sendo vendidos a US$ 229 (cerca de R$ 1.140).
Apesar de ser um método que pode facilitar ainda mais a nossa rotina, ainda não consegui me decidir se é algo que eu teria em meu corpo.
Por mais que não seja um processo invasivo no sentido físico, já que é inserido na mão sem precisar de procedimento cirúrgico, as questões relacionadas à privacidade e até mesmo ao limite de até onde chegar com a tecnologia precisam ser debatidas a todo momento.
Claro que, em muitos casos, usar um microchip como esse pode ser considerado um utensílio para proporcionar mais qualidade de vida, e não somente algo por conveniência. Como é o caso de pessoas com deficiência que podem utilizar os chips para abrir portas automaticamente.
Segundo uma pesquisa realizada no ano passado com mais de 4 mil pessoas no Reino Unido e União Europeia, 51% dos participantes consideram a ideia de realizar esse tipo de implante, ao contrário de mim.
E você, o que acha disso?
* Colaborou Gabriela Bispo, planner e redatora de conteúdo da InfoPreta
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