Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Pandemia de hackers? Atenção em 2022 será com vírus da covid e de sistemas
A segurança dos artigos eletrônicos sempre teve a sua importância. Desde o início, diversas empresas como AVG, Kaspersky, Norton, entre outras, passaram a vender antivírus para que os usuários pudessem navegar na internet sem que tivessem problemas. Conforme os aparelhos e as tecnologias foram se desenvolvendo, a dependência das pessoas pelo mundo digital se tornou cada vez maior.
Compras, bancos, saúde... tudo na palma da mão ou a um clique de distância. Porém, com isso, os golpes online também se aprimoraram.
Se antes os sequestros ocorriam ao vivo, hoje eles acontecem virtualmente. Em agosto de 2021, o site de uma das maiores lojas de fast fashion no país, a Renner, sofreu um ataque hacker com infecção de ransomware, deixando-o indisponível para os consumidores.
Em outubro foi a vez de uma das maiores seguradoras do Brasil, a Porto Seguro, ser atacada ciberneticamente, que resultou em uma instabilidade parcial em seus canais de atendimento e em alguns de seus sistemas. No mesmo mês, uma das mais conhecidas agências de turismo, a CVC Brasil, passou pela mesma situação.
O mais assombroso disso é que não se tratam de pequenas empresas com problemas de segurança, mas as grandes e renomadas, o que faz soar o alerta: precisamos fazer mais pela cibersegurança.
O que esperar para 2022?
O primeiro passo já foi dado. Criada para proteger seus usuários, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) estabelece regras sobre a coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais dos indivíduos, trazendo mais segurança e privacidade. Porém, para 2022, só a regulamentação não será suficiente para proteger as empresas e os usuários.
As grandes organizações, que lidam com uma alta quantidade de dados, precisam implementar monitoramentos e respostas de segurança 24h para responder às ameaças de malware, ransomware, ataques de phishing, DdoS e outros.
As corporações também vão começar a entender a importância na abordagem de rede de confiança zero (Zero Trust Network Access - ZTNA). Com essa tecnologia, elas conseguem garantir que seja verificada a identidade de cada um e cada dispositivo que tenta acessar sua rede.
Com diversos dados salvos na nuvem, esta será um alvo para cibercriminosos. As empresas vão precisar atualizar seus sistemas de segurança, estabelecer políticas de patch e executar varreduras de vulnerabilidade de forma regular.
Por conta da pandemia de covid-19, muitas pessoas acabam caindo em golpes por clicar em links duvidosos. Esse modus operandi dos criminosos tende a se tornar mais comum para atrair vítimas e obter acesso a informações críticas e confidenciais.
Para se proteger, será necessária uma combinação de tecnologias de detecção e resposta de rede (NDR) e informações de segurança e gerenciamento de eventos (SIEM) para detectar a entrada e origem do malware.
E por fim, com a chegada do 5G e a popularização de dispositivos que utilizam internet das coisas (IoT), isso pode ser um prato cheio para os golpistas. É preciso proteger corretamente seus aparelhos eletrônicos para que não sofram com hackers de rede IoT e buscar atualizações nas ferramentas de detecção e resposta de ameaças.
Como se não bastasse a preocupação com um vírus real, é preciso se atentar com a cibersegurança. Por isso, usuários e empresas, se não houver um protocolo de proteção, uma forma de monitoramento de infecção ou até mesmo o correto tratamento das invasões, isso tudo pode se tornar a pandemia dos hackers.
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