Equinócio de primavera é hoje: veja o que significa
Como em todo equinócio, o Sol nasceu hoje exatamente no ponto cardeal leste.
Se você pensou "Não é sempre assim? O Sol não nasce todo dia sempre no leste?", já aviso que NÃO! Só nos equinócios, em dois dias muito particulares do ano, o Sol ascende no horizonte exatamente do ponto cardeal leste. Nos outros dias, o Sol nasce do lado leste, mas não exatamente no ponto cardeal leste.
Dependendo da época do ano, o Sol nasce deslocado para a esquerda (a rigor, para o norte) ou para a direita (a rigor, para o sul) em relação ao ponto cardeal leste. A fotomontagem acima, publicada aqui, mostra o nascer do Sol num período de um ano entre o solstício de inverno de 2017 e o solstício de inverno de 2018 e deixa bem clara a ideia de que o Sol não nasce sempre no leste. Abaixo você confere a mesma fotomontagem, só que legendada.
Todo Equinócio marca o início das estações amenas do ano: primavera e outono. Hoje, às 10h31min, horário de Brasília, começa oficialmente a primavera aqui no hemisfério sul e o outono no hemisfério norte.
Em todo equinócio, o período claro do dia tem a mesma duração do período escuro, o que chamamos de noite —sem considerarmos efeitos da refração da luz na atmosfera, que acaba alterando a duração da parte clara do dia. Para nós do hemisfério sul, até o final do ano, a parte clara dos dias ficará cada vez mais longa e as noites gradativamente mais curtas, até o solstício de verão, em 21 de dezembro, início oficial do verão aqui ao sul do Equador e a noite mais curta de todo o ano.
Esta "dança" aparente do Sol nascente, de forma análoga, também ocorre no lado oeste, no Sol poente. O Sol se põe em torno do ponto cardeal oeste e somente nos equinócios exatamente no ponto cardeal oeste.
Este movimento aparente do Sol ao redor da Terra deve-se ao fato de que o eixo de rotação do nosso planeta mantém inclinação fixa de 23,5 graus em relação à uma linha perpendicular ao plano da órbita da Terra ao redor do Sol. Assim, enquanto orbita o Sol, a Terra vai sendo banhada pela radiação solar de forma dinâmica e sempre diferente em cada um dos seus hemisférios. É por conta disso que temos quatro distintas estações no ano, tema que aprofundo neste post.
Hoje, lamentavelmente, a exemplo de outras datas astronômicas notáveis, não trago um Astrocard do prof. Irineu Gomes Varella, astrônomo que nos deixou precocemente em 14 de agosto de 2020. Dedico este singelo post ao mestre Irineu, querido amigo que, com a sua imensa generosidade e tanto conhecimento, espalhou muitas sementes da melhor Ciência por onde passou e ao longo de quase meio século de trabalho dedicado à Astronomia.
Uma excelente primavera a todos!
Abraço do prof. Dulcidio. E Física (e Astronomia) na veia!
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