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Guilherme Rambo

IPhone 12 mini me trouxe a antiga sensação de uso de modelos menores

Pequeno e leve, iPhone 12 mini cabe na mão e no bolso, literalmente - Guilherme Rambo
Pequeno e leve, iPhone 12 mini cabe na mão e no bolso, literalmente Imagem: Guilherme Rambo

30/11/2020 04h00

A linha de iPhones lançada este ano trouxe quatro novos modelos do aparelho em três tamanhos diferentes, dois deles completamente novos: o iPhone 12 mini, com sua tela de 5,4 polegadas, e o iPhone 12 Pro Max, com 6,7 polegadas.

O iPhone 12 mini em especial despertou minha curiosidade por ser um aparelho menor, mas com todos os recursos do irmão maior (o iPhone 12) e o design moderno sem botão Home e com Face ID.

Apesar do motivo principal da minha compra desse modelo ter sido profissional, para testar os apps nos quais trabalho em sua tela menor, resolvi adotar o mini como meu iPhone pessoal por um tempo e estou usando ele diariamente há cerca de uma semana.

Design e ergonomia

O novo design dessa linha de iPhones me agrada muito. Apesar de ser claramente inspirado no velho design iniciado no iPhone 4, a falta do botão Home, os novos materiais e acabamentos, além da tela com bordas reduzidas, dão um ar completamente novo para o aparelho.

Algo que chama atenção é como as bordas reduzidas da tela (menores que no iPhone 11/Pro) em combinação com o visual menos arredondado das laterais, fazem a transição entre tela e vidro ser muito menos perceptível, principalmente quando estou usando o iOS no Modo Escuro.

Na mão, a sensação é muito parecida com a de estar segurando um iPhone 5s, tanto que por várias vezes minha memória muscular me fez tentar bloquear o iPhone 12 mini tocando na parte superior do aparelho, que é onde o botão ficava nesses modelos antigos. Em termos de tamanho quando comparado com o 5s ou o iPhone SE original, o mini é apenas um pouco mais alto. Como sua tela ocupa toda a parte frontal do aparelho, ele acaba tendo um bom espaço para as informações na tela.

Outra vantagem que vem com o tamanho menor é o peso. O iPhone 12 mini pesa apenas 133 gramas. É tão leve que quando eu recebi a entrega dele e peguei a caixa de papelão na mão, pensei que não havia um iPhone ali dentro.

Performance e bateria

Assim como todos os iPhones da linha 12, o iPhone 12 mini é equipado com o chip A14 da Apple. Em comparação com o A13 do meu iPhone 11 Pro, a diferença é pequena, mas percebi um pouco mais de velocidade ao abrir apps pela primeira vez ou ficar trocando rapidamente entre vários apps.

Algo pequeno que me incomodava no iPhone 11 Pro é que quando estava ouvindo áudio no iPhone e abria a câmera, o áudio dava uma breve travada enquanto a câmera abria. Isso já não acontece mais no iPhone 12 mini.

Uma preocupação de muitas pessoas em relação ao iPhone 12 mini é sua bateria. Por ser um aparelho menor, obviamente ele precisa ter uma bateria menor e, por consequência, com uma capacidade menor. Talvez ainda seja cedo para eu dar uma opinião final sobre isso, mas até agora ele tem durado o dia inteiro da mesma forma que o iPhone 11 Pro durava para mim.

Pegando como exemplo um dia típico desta semana, no qual acordei às 8 horas da manhã, fiz várias reuniões via Google Meet usando os AirPods Pro no iPhone, passei praticamente o dia inteiro ouvindo música e podcasts, além de uma navegação ocasional no Twitter e Instagram e navegação no Safari. No final desse dia, um pouco depois das 23 horas, o iPhone 12 mini ainda tinha um pouco menos de 20% de bateria.

Para mim, o importante é a bateria suportar o meu dia típico e só precisar ser carregada à noite. Claro que isso varia muito de pessoa para pessoa: se você gosta de jogar Pokémon Go ou usa muito o GPS, talvez precise carregar o iPhone 12 mini no decorrer do dia para não ficar sem bateria.

Outro ponto de interrogação no quesito bateria é o 5G. Minha operadora ainda não oferece 5G na minha região, então não foi possível testar o que acontece com a duração da bateria quando o aparelho está usando a rede 5G.

A Apple desenvolveu um sistema de troca inteligente de redes que promete mitigar quaisquer problemas relacionados à bateria e 5G, mas vamos ter que esperar para ver se isso funciona bem na prática.

MagSafe

Outra novidade interessante nos aparelhos deste ano é a tecnologia MagSafe, que permite o uso de diversos acessórios, desde capas, carteiras, até carregadores, tudo acoplado magneticamente na traseira do iPhone, bem em cima do logo da Apple.

O carregador MagSafe ainda não está disponível no Brasil, mas consegui importá-lo a tempo de chegar junto do meu iPhone 12 mini. Por enquanto, estou deixando ele na minha mesa do escritório para carregar tanto o iPhone quanto outros iPhones de teste que tenho aqui e também a caixinha dos AirPods Pro.

Gostei bastante do carregamento usando o MagSafe. Estou utilizando ele conectado a um adaptador de 36W da Anker e considero a velocidade de carregamento satisfatória. A vantagem dele ser magnético é que previne o problema clássico no carregamento por indução, do aparelho escorregar e interromper o carregamento no meio do processo.

Mesmo para quem não pretende comprar nenhum iPhone novo este ano, recomendo o MagSafe como carregador por indução para uso em qualquer aparelho. Ele funciona melhor do que eu esperava em iPhones de gerações anteriores, inclusive com um certo acoplamento magnético, não tão forte quanto nos iPhones 12, claro.

Conclusão

O que muita gente deve estar pensando agora é: será que o iPhone 12 mini é o iPhone certo para mim?

A resposta, é claro, varia muito de pessoa para pessoa. Eu já encomendei um iPhone 12 Pro que provavelmente acabará sendo o meu iPhone pessoal pelo próximo ano, pois gosto de ter todos os recursos novos à minha disposição (como LiDAR e câmera zoom).

Para quem está procurando um iPhone que vai lhe atender nas tarefas do dia a dia e que cabe na mão e no bolso (do ponto de vista literal e do financeiro também), recomendo o iPhone 12 mini. Eu não esperava gostar tanto dele.