Existem notas de US$ 10 mil? Sim, bem antes do internet banking
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Pergunta de Fortunato da Silva, de América Dourada (BA) - quer enviar uma pergunta também? Clique aqui
Não só de US$ 10 mil, como até de US$ 100 mil, caro américo-douradense. Muito antes do internet banking, quando os sistemas bancário e financeiro eram totalmente analógicos, colocar em circulação cédulas com valor de face mais alto do que o padrão era uma "tecnologia" implementada pelos Estados Unidos para aquecer a economia em tempos de crise.
Durante a Guerra Civil, por exemplo, os recursos eram escassos e o governo precisava garantir financiamento para os esforços de guerra —basicamente vendendo papéis com a garantia que poderiam ser resgatados anos depois, do jeitinho que funciona o atual Tesouro Direto.
Assim, desde o final do século 18, os americanos imprimiram, em diferentes províncias, estados e períodos, cédulas de papel com valor de face acima dos atuais um, dois, cinco, dez, 20, 50 e 100 dólares. Ah, e olha a bipolaridade monetária: apesar de imprimir dinheiro com valores exorbitantes, os EUA são o único país desenvolvido a ainda fabricar e manter notas de US$ 1 circulando.
As primeiras com valor acima de US$ 100 foram as cédulas de US$ 500, na Carolina do Norte, em 1780. Como você pode notar na imagem a seguir, elas não tinham nada a ver com o dólar atual.
No mesmo ano, a então província de Virginia imprimiu notas de US$ 500 e de US$ 1.000. No ano seguinte, foram os primeiros a imprimir cédulas de US$ 2.000.
Uma outra leva de notas com valores estratosféricos foi impressa em 1934, um ano depois de o presidente Franklin D. Roosevelt confiscar todo o ouro mantido por pessoas físicas para aumentar as reservas em ouro do país e tentar fugir da recessão econômica.
O governo pagava pelo ouro com notas de US$ 100, US$ 1.000, US$ 10 mil e até US$ 100 mil. Mas, essas cédulas não serviam para tomar um café na esquina nem para trocar no bar: seu uso era válido exclusivamente entre instituições financeiras.
O último lote de notas de alto valor foi impresso em dezembro de 1945 e foi saindo de circulação espontaneamente até julho de 1969. A partir desse ano ,o Federal Reserve, banco central dos EUA, passou a recolher e destruir as cédulas graúdas ainda existentes. Hoje em dia, com as transações financeiras todas digitalizadas, é improvável que imprimir notas de altíssimo valor volte a ocorrer.
Atualmente, sabe-se da existência de 336 notas de US$ 10 mil, 342 de US$ 5 mil e 165 mil notas de US$ 1.000. Algumas delas estão bem guardadas em coleções particulares, e outras tantas, expostas em museus pelo mundo.
Tem alguma pergunta? Deixe nos comentários ou mande para nós pelo WhatsApp.
SIGA TILT NAS REDES SOCIAIS
- Twitter: https://twitter.com/tilt_uol
- Instagram: https://www.instagram.com/tilt_uol/
- WhatsApp: https://uol.page.link/V1gDd
- Grupo no Facebook Deu Tilt: http://bit.ly/FacebookTilt
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.