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Como funciona o cartão de crédito por aproximação? Tem distância certa?
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Como funciona o cartão de crédito por aproximação? - Pergunta de Guido Merlin, Magda (SP)
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Não é feitiçaria, embora pareça, caro magdense.
A tecnologia que faz a magia de transferir dinheiro aproximando um pedaço de plástico de uma maquininha é chamada NFC (sigla em inglês para Near Field Communication, algo como "comunicação por campo de proximidade", em tradução livre).
Funciona assim: quando dois dispositivos que emitem campos magnéticos compatíveis com protocolos NFC se aproximam (a uma distância de 4 cm ou menos), eles "se reconhecem". A interação entre esses campos gera uma corrente, num processo chamado indução eletromagnética. É por essa corrente que os dados são transmitidos.
Trata-se, portanto, de uma comunicação sem fio mais simples de estabelecer do que wi-fi ou Bluetooth. Por exemplo, você não precisa começar realizar configurações ou parear os equipamentos antes de estabelecer o contato.
Outro ponto a favor da NFC é que ela "cabe" em etiquetas ou chips bem pequenos, logo, ultraportáteis.
Também conta para a agilidade do processo a possibilidade de comunicação "em mão única", com apenas uma das partes solicitando informações.
No caso dos pagamentos por aproximação, o cartão sequer precisa ter uma fonte de energia para transmitir os dados. Como parte passiva na interação, ele apenas disponibiliza as informações necessárias para a maquininha — essa, sim, alimentada por uma fonte de energia e conectada à internet.
Em outras palavras, a maquininha faz todo o trabalho, registrando o valor da operação e solicitando a validação por meio dos dados que o cartão está espalhando passivamente pelos ares até encontrar algum dispositivo que a solicite.
Mas é seguro?
A comunicação de curta distância, ao contrário do que possa parecer, é uma vantagem em termos de segurança, pois dificulta a captura de dados por eventuais interessados não envolvidos com a interação.
Outro ponto a favor da segurança é a de que as mensagens trocadas entre os equipamentos são criptografadas, dificultando interceptações.
Se os argumentos pela segurança não te convencem, caro magdense, uma alternativa é comprar carteiras ou envelopes que prometem bloquear o campo magnético do cartão. Ou então improvisar uma proteção com papel alumínio. Mas a efetividade dessas proteções é por sua conta e risco.
Mais utilizações
Além dos cartões, a NFC também está disponível em smartwatches e celulares. Entre os telefones móveis, o pioneiro foi o C7 da Nokia, em 2010, mesmo ano de lançamento do Samsung Nexus S (primeiro Android com NFC). Nos celulares da Apple, a NFC chegou a partir do iPhone 6, em 2014.
Neste caso, o processo é um pouquinho mais burocrático, uma vez que é preciso configurar o chip do dispositivo para operar alinhado ao banco ou à operadora do cartão. A segurança depende do que o seu aparelho oferece nesse sentido.
Uma desvantagem adicional em relação ao cartão é a de que a transação só acontece se o celular (ou smartwatch) estiver ligado.
Outros usos da NFC envolvem comportamento ativo de ambos dispositivos envolvidos, como é o caso de recarga de créditos em bilhetes usados para o transporte público.
Neste caso, os dados são transmitidos pela máquina e gravados no chip do cartão de transporte, algo que não ocorre no cartão de crédito.
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