Quais tecnologias os makers usam para obter soluções rápidas e baratas?
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Tem chamado a atenção a proliferação de pessoas comuns criando peças, equipamentos de proteção individual e até máquinas complexas como respiradores.
Conhecidos como makers, fazem parte de grupo bastante diverso e espalhado por todas as cidades do mundo, utilizado tecnologias e ferramentas de fabricação digital para criar novas soluções.
Se você tem curiosidade de saber quais as tecnologias que estes makers estão usando para criar soluções tão incríveis com velocidade e baixo custo, abaixo listo algumas das principais.
Impressoras 3D
Com modelos que custam o mesmo que um console de videogame, as impressoras 3D se popularizam também no Brasil.
Existem várias tecnologias, a mais comum utiliza um espaguete de plástico. Depois de aquecido, o plástico passa por um bico que executa o movimento para posicionar o filamento que, na temperatura correta, é fundido em várias camadas até formar o formato final da peça.
Considerando dos modelos mais simples aos modelos industriais que usam outras tecnologias, é possível criar peças em uma grande variedade de materiais. Dos mais comuns como os plásticos ABS, PVA, nylon e PETG, aos mais incríveis, como ouro ou titânio.
Um equipamento ideal para criar válvulas, suportes de máscaras de proteção e peças para as mais variadas soluções que forem criadas.
Software de modelagem 3D
Para imprimir uma peça, a impressora 3D precisa de um arquivo com o modelo em três dimensões. Existe uma variedade muito grande de softwares de modelagem, vários deles são gratuitos, caso do Blender e do FreeCAD.
Alguns são mais apropriados para uma necessidade específica como jogos, efeitos especiais, design de embalagem etc. Porém, como praticamente todos eles podem ser usados para criar modelos para impressão 3D, profissionais de indústrias tão distintas como cinema (efeitos especiais), design (embalagens), arquitetura, montadoras (desenhos técnicos) e jogos estão capacitados para ajudar.
Cortadora laser
Assim como a impressora 3D, a cortadora laser é controlada por um computador para realizar movimentos com precisão. A diferença é que ela não adiciona material, ela corta.
Makers têm usado para cortar folhas de acetato para fazer máscaras de proteção facial no formato correto e com todos os buracos para encaixe e cortar plásticos mais duros para confecção de caixas para os respiradores e outros equipamentos.
Arduino
Além dos tubos, válvulas e outros componentes, um respirador precisa de um cérebro para controlar seu funcionamento, emitir alertas e ter controles ou telas de visualização.
Para tanto, o Arduino é uma ótima opção. É o caso do respirador de baixo custo criado pelo MIT.
O Arduino é uma plaquinha eletrônica que consegue ligar sensores de todo tipo, como um sensor de movimento, luminosidade ou temperatura e atuadores, como um motor ou um LED.
Existem várias opções, o modelo mais comum da placa custa no Brasil cerca de R$ 55 e um kit básico para iniciante com vários componentes eletrônicos, cerca de R$ 150.
Você conecta a placa no computador, programa todas as ações desejadas e envia essas instruções para ela.
Cabe um parêntese: assim como todas as outras tecnologias desta lista, o Arduino é muito mais que apenas uma placa ou um produto. Hoje existe todo um ecossistema de especialistas, cursos, vídeos, projetos abertos etc. Comunidades inteiras ajudam a tecnologia a se desenvolver e novos adeptos a entrarem nela.
Raspberry Pi
Diferente do Arduino, o Raspberry Pi é um computador inteiro em uma placa. Uma de suas vantagens é o custo. Nos EUA, os modelos variam de US$ 5 a US$ 35. No Brasil, o modelo mais avançado custa cerca de R$ 470.
Mas ele tem outras vantagens, é pequeno, consume pouca energia e pode ser facilmente conectado a componentes eletrônicos externos (como LEDs ou motores). Desta forma, ele pode ser usado para tarefas mais complexas. Por exemplo, pesquisadores da Universidade de Massachusetts criaram um pequeno dispositivo com Raspberry Pi, um microfone e um sensor térmico que usa inteligência artificial para tentar identificar novas pandemias respiratórias no futuro.
A própria internet
A colaboração é uma marca forte da cultura maker e não seria diferente agora quando tantos precisam de ajuda.
E por isso, além de toda essa tecnologia, praticamente todas as ferramentas da internet estão sendo usadas, seja para fazer chamadas por ajuda, tirar dúvidas, compartilhar conhecimento ou organizar os grupos. De WhatsApp e grupos de Facebook às plataformas de financiamento coletivo.
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