Pandemia faz surgir uma série de gadgets inovadores contra Covid-19
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Crises são sempre um bom impulso a inovação. Problemas novos levam a soluções novas. E com o mundo focado na covid-19, é natural que comecem a aparecer novos gadgets e novas soluções tecnológicas voltadas para resolver ou minimizar o problema da pandemia.
Com os hospitais lotados, o problema mais conhecido é a falta de equipamentos de proteção e de respiradores. Mas existe outro igualmente grave: são poucos médicos para monitorar um grande número de pacientes.
Para ajudar a resolver isso, a Aranet lançou um sistema de monitoramento de temperatura corporal em larga escala que permitirá que um médico acompanhe dezenas de pacientes ao mesmo tempo, ajudando a reduzir a carga de trabalho da equipe e a limitar sua exposição ao vírus.
Cada aparelho tem dezenas de sensores que transmitem as informações para um computador ou smartphone sem a necessidade de fio para ser conectado. O equipamento também pode ser configurado com uma série de alarmes para casos mais graves.
Mesmo tecnologias antigas podem se beneficiar de inovações. A Aspenstate desenvolveu o AiRTouch, um aparelho de raio-x sem fio. Por ser portátil, funcionar a bateria e pesar apenas 2,5 quilos, pode ser usado em vários quartos, ideal para hospitais de campanha e situações de alta complexidade como a que estamos vivendo. Quanto menos doentes transitando pelo hospital, melhor.
Todos nós já entendemos a importância dos respiradores no tratamento contra a covid-19. O que nem todo mundo sabe é que, embora a ventilação mecânica auxilie a respiração, o uso prolongado pode gerar atrofia em músculos que desempenham um papel importante no processo de respirar.
Para reduzir este problema, a Liberate Medical criou o VentFree, que usa estimulação elétrica não invasiva para contrair os músculos da parede abdominal em sincronia com a expiração durante a ventilação mecânica.
Como a estimulação não requer cooperação do paciente, o procedimento pode ser adotado desde o primeiro dia de ventilação mecânica enquanto os pacientes estão sedados. A abordagem visa reduzir a atrofia muscular abdominal, o que pode reduzir o tempo necessário para liberar os pacientes da ventilação mecânica.
Com máscaras e equipamentos de proteção em falta, um produto que pode ajudar bastante é o CleanDefense. Criado pela Cleanbox Technology, é um container portátil que promete descontaminar máscaras cirúrgicas com luz ultravioleta em menos de dois minutos. Desenhado anteriormente para equipamentos de realidade virtual, um único aparelho poderia descontaminar mais de 100 máscaras por hora.
E para áreas maiores? Você já deve ter visto algum robô aspirador de pó como o Roomba. Agora imagine algo assim, mas que seja usado para desinfetar quartos e corredores do hospital.
É exatamente isso que o robô da UVD Robots faz.
Ele se move de maneira autônoma pelos corredores e quartos dos pacientes, cobrindo as superfícies críticas com a quantidade ideal de luz ultravioleta para matar bactérias e vírus específicos, como a covid-19.
Para detectar o início precoce da doença e monitorar seus sintomas, os pesquisadores da Universidade de Northwestern e o Instituto Shirley Ryan AbilityLab estão desenvolvendo um dispositivo flexível para ser colocado próximo a garganta com um adesivo.
Usando inteligência artificial, o objetivo do aparelho é rastrear a tosse, a temperatura corporal (febre) e a taxa de respiração.
Soluções similares não são novidades. VitalPatch é um sensor colocado no peito dos pacientes com um adesivo. O dispositivo consegue medir sinais vitais como batimento cardíaco, frequência respiratória e temperatura corporal, além de outras informações como postura corporal e detecção de quedas.
Durante a pandemia, recebeu aprovação emergencial do FDA (equivalente a Anvisa nos EUA) para acompanhar pacientes com covid-19. Muito útil inclusive para pacientes que já tiveram alta.
Alguns medicamentos que estão sendo testados no tratamento (caso da cloroquina) estão associados a arritmias. Usando o sensor da empresa, médicos poderão monitorar remotamente seus pacientes mesmo depois de terem deixado o hospital.
A empresa Slightly Robot criou uma pulseira inteligente que vibra para alertar hábitos indesejados realizados com muita frequência por algumas pessoas como, por exemplo, roer as unhas. Agora, em resposta a epidemia de covid-19, a empresa lançou uma versão da pulseira que vibra toda vez que você tenta tocar o rosto.
Pulseiras inteligentes poderão ajudar nos esforços também de outras formas. A Universidade de Stanford anunciou que está criando um algoritmo capaz de detectar e rastrear doenças como a covid-19 com a ajuda das pulseiras. O projeto será em parceria com a Fitbit, uma das empresas líderes no segmento.
Sem previsão para terminar, a crise da covid-19 ainda deve fomentar muita inovação. Soluções que poderão ser úteis para pessoas, médicos e hospitais mesmo depois que a pandemia passar.
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