Como a fábrica digital da Alibaba deve gerar 100 milhões de novos empregos
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A gigante chinesa Alibaba anunciou sua fábrica inteligente chamada Xunxi Digital Factory.
Apesar de divulgado somente agora, a operação está ativa deste agosto de 2018. Não é apenas uma fábrica nova, a empresa acredita que irá atender dois bilhões de consumidores, trabalhar com dez milhões de empresas e gerar 100 milhões de novos empregos.
A Alibaba acredita que o projeto só será lucrativo em 2036. O retorno irá demorar, mas para quem quer uma fatia de uma indústria de US$ 4,4 trilhões, deve valer a pena.
Xunxi, que significa rinoceronte rápido, utiliza tecnologia para melhorar processos e custos de logística interna. É como se a fábrica tivesse o seu próprio sistema operacional. Segundo a Alibaba, o aumento da eficiência de fabricação deve varia de 25 a 55 por cento.
Usando inteligência artificial, a fábrica alinha materiais e produtos para serem feitos de forma simultânea, ou seja, pequenas quantidades juntas ganham escala de produção.
Em fábricas, produzir poucas unidades é custoso, por isso, juntar o pedido de vários clientes na mesma "fornada" diminui custos e acelera a produção. Similar a que algumas indústrias já fazem, caso da Printi aqui no Brasil, uma gráfica que junta cartões de visita de vários clientes diferentes para fazer uma impressão única de grande volume.
Apesar de visar outras indústrias no futuro, a iniciativa começou trabalhando com pequenas empresas de vestuário. Sendo uma das categorias que mais vende no marketplace da Alibaba, esse é não apenas um mercado relevante, mas é também um que a empresa tem muitos dados. Mais do que ninguém no mundo, eles sabem exatamente quem, quando, quanto e o que se vende nesse mercado.
Permitindo que pequenas empresas utilizem uma fábrica avançada, a Xunxi pode mudar o cenário de fabricação do mundo inteiro por dois motivos.
Primeiro, não se trata apenas de viabilizar fabricação avançada para todos, mas para abrir um modelo novo.
Produtos que antes só eram viáveis somente em grande escala, agora poderão ser criados com personalização ou feitos sob demanda, reduzindo níveis de estoque e permitindo lançar produtos novos com maior frequência.
Segundo, e mais importante, é entender que ela irá atender mais do que empresas, pessoas. Designers e influenciadores poderão usar a iniciativa para lançar produtos.
É a fábrica "as a service", conceito que já dominou o universo de serviços digitais agora indo para o mundo físico, algo que o movimento maker já trabalha faz tempo.
Fazendo um paralelo, São Paulo tinha cerca de 30 mil taxistas, já os aplicativos, alcançaram mais de 100 mil motoristas.
Com a iniciativa ganhando força, teremos novos produtos e novos players, o mercado cresce, e os quatro trilhões podem virar 12. Mais um ponto para a China.
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