Pane no sistema de nuvem expõe risco mundial de dados nas mãos de poucos
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Recebi uma promoção da promoção de Black Friday do supermercado. Cliquei para realizar a compra, mas o site está em manutenção.
Enviei o link do meu novo podcast, mas ninguém conseguiu ver. O Anchor, serviço utilizado como página com os links para as plataformas, estava fora do ar.
O desenvolvedor Alexandre Fugita foi limpar sua casa, mas descobriu que o seu aspirador robô não poderia trabalhar pois seu aplicativo estava fora do ar.
Ring, um serviço que automatiza câmeras de segurança e maçanetas inteligentes, também ficou fora do ar.
O serviço Down Detector da Amazon, que ajuda vários profissionais de suporte a serem avisados de problemas em serviços e sites, também ficou fora do ar.
Na quarta-feira (25), como muitos de vocês já sabem, a Amazon teve problemas sérios e derrubou muitas páginas e serviços pelo mundo. Quem dá suporte ao suporte?
Jogos, aplicativos, ecommerce, sites etc. Praticamente tudo hoje em dia está hospedado na nuvem. Faz todo sentido manter as coisas na nuvem. Por custo, por velocidade, por segurança.
Porém, com Amazon, Google e Microsoft servindo praticamente toda a estrutura da internet, quando um desses gigantes cai, boa parte da internet cai junto.
O problema não está na nuvem em si, mas na absoluta confiança que o mundo projeta nestas empresas. Ninguém acredita que o Amazon pode errar.
A nuvem, essa entidade tão nebulosa. Quem não lembra da Dilma sobre sua famosa indagação: "que nuvem? Como assim está na nuvem?"
Em eventos como esse de ontem, fica bem fácil explicar. A nuvem, meus queridos, são apenas 3 CNPJs.
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