Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Funcionando há mais de 30 anos no espaço, Hubble dá lição de tecnologia
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O Hubble voltou, gente! Depois de muitos testes e diagnósticos, a equipe que administra o telescópio espacial conseguiu fazê-lo funcionar novamente, e o observatório já conseguiu novas imagens.
Felizmente, o Hubble tem peças sobressalentes a bordo. Os cientistas conseguiram programar o telescópio para usar essas peças, incluindo a fonte de energia e a unidade de formatação de dados. Dessa forma, conseguiram reiniciar o sistema e agora tudo parece estar funcionando bem.
Foram algumas semanas de incerteza para os astrônomos. O problema foi identificado no dia 13 de junho, com o computador central. As tentativas de reativação usando o computador reserva não funcionaram, o que indicava que o problema seria mais complicado.
Por outro lado, vale frisar que o Hubble já superou as suas expectativas iniciais, com folga. Quando lançado, o telescópio deveria durar entre 10 e 15 anos, mas já são mais de 31 anos oferecendo novos olhos para o universo.
Uma das vantagens do Hubble é a sua proximidade. Voando a apenas 540 quilômetros acima da superfície terrestre, podemos enviar missões espaciais para fazer reparos e substituições. Foram cinco viagens ao todo, incluindo a primeira missão que instalou "óculos" para consertar a miopia inicial do telescópio.
Com tanto tempo de operação, os cientistas já conhecem muito bem o funcionamento dos instrumentos a bordo do Hubble. Nzinga Tull, gerente de sistemas da Nasa, resume a situação: "um dos benefícios de um programa que funciona há mais de 30 anos é a incrível quantidade de experiência e expertise adquiridas".
Resta saber se teremos a mesma sorte com o telescópio espacial James Webb, a ser lançado em outubro. Com uma área coletora quase 7 vezes maior que o Hubble, o James Webb já atrasou vários anos e chega ao valor de US$ 10 bilhões. Astrônomos e políticos esperam ver o retorno desse investimento, claro.
Uma das grandes diferenças é que o James Webb estará muito mais distante, a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra. Ou seja, é impossível considerar missões para manutenção.
No final, devemos contar um pouco com a sorte. O telescópio tem uma estimativa inicial de duração que varia entre 5 e 10 anos. Isso depende sobretudo do combustível para garantir que o satélite consiga manter sua órbita estável, mas também do funcionamento apropriado dos componentes, sobretudo as partes móveis que são mais suscetíveis a problemas.
Vamos torcer juntos para que o James Webb siga o exemplo do seu irmão mais velho e nos traga muitos e muitos anos de descobertas!
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