E se você não precisar tocar no celular para mexer no celular? Teve gente que já apostou nisso, como a LG com o celular G8S ThinQ (que chegou nos últimos dias aqui na nossa redação), mas o Google mostrou nesta semana que essa é a visão de futuro da empresa para sua família de produtos eletrônicos. O que rolouOcorreu na terça-feira (15) a apresentação Made by Google, em que a empresa famosa pelos serviços digitais revelou sua nova geração de equipamentos físicos para o dia a dia das pessoas. A proposta é que todos componham, em sincronia, o que o chefe de hardware Rick Osterloh chamou de um "ambiente computacional". O termo é um pouco diferente, mas a lógica é parecida com a da casa inteligente, só que com equipamentos tecnológicos que não sejam intrusivos no clima caseiro e encaixem no ritmo da sua vida, sem te acelerar ou distrair. Esse é o catálogo de novidades para quem quer montar o "ambiente computacional" mais avançado do momento: - Os celulares Pixel 4 e Pixel 4 XL, as estrelas do show;
- O novo alto-falante inteligente Nest Mini (o nome Google Home é coisa do passado);
- Os fones-intérpretes-completamente-sem-fio Pixel Buds;
- O notebook compacto Pixelbook Go;
- O potente roteador Nest Wi-Fi;
- Uma renovação do serviço Nest Aware e a data de lançamento do Stadia, plataforma de streaming de games.
Por que é importante?A divisão de hardware do Google definitivamente não é a principal da empresa, mas a cada ano que passa novos produtos são integrados ao catálogo. Aqui no Brasil, tínhamos contato somente com o Chromecast, mas recebemos a informação de que o Nest Mini virá para cá para concorrer com a recém-chegada linha Echo, da Amazon. Ao lado da Amazon, o Google lidera esse ramo da automação residencial, tudo por meio da Alexa e do Google Assistente. Essa moda ainda não pegou por aqui, visto que a oferta de produtos para uma casa inteligente ainda é pequena e para poucos, mas desponta como uma das principais tendências tecnológicas para a próxima década. Na década que estamos (e se aproxima do fim), o smartphone foi o aparelho revolucionário, muito por conta do que a Apple popularizou a partir de seu primeiro iPhone, em 2007. Hoje, conforme as inovações recentes desses supercomputadores de bolso ficam cada vez menos úteis para o usuário final, cada empresa arrisca a sua firula para tentar emplacar uma nova revolução. A do Google está apoiada nesse conceito de tecnologia não intrusiva, integrada ao dia a dia e que dispensa a necessidade de você mexer numa tela. O Pixel 4 quer realizar essa visão, dando mais poder aos seus comandos de voz e permitindo a interação gestual com o celular. Essa aposta não deixa de lado a câmera, que segue um grande trunfo do smartphone, com direito a —surreais— fotos de estrelas. Não é bem assim, mas está quase láComo acontece com todas as empresas de tecnologia, as ideias são lindas e mirabolantes. Ao olhar de uma maneira crítica as novidades, porém, dá para receber o que foi apresentado de maneira cética, já que o retrospecto de produtos semelhantes não é muito empolgante. Começando pelo controle por gestos, a LG trouxe isso como um dos trunfos da linha G8 de smartphones, que foi lançada mundialmente em fevereiro deste ano. O smartphone teve uma boa recepção, mas a nova função foi tratada como uma firula menos prática do que chamar o Google Assistente para realizar as mesmas tarefas. A impressão que tivemos em Nova York, no evento do Google, foi parecida. Se nossa interação com o celular for mudar para valer, não me parece que ela será a partir de gesticulações identificadas por sensores, mas pelos nossos comandos de voz. As assistentes de hoje podem ficar confusas com certas coisas que falamos, especialmente em português, mas o processamento de linguagem natural, campo da inteligência artificial, já está bem avançado em inglês —e só vai melhorar. Convenhamos: é impressionante pedir para um computador abrir suas fotos com fantasia de Batman, ele entender e entregar exatamente esse tipo de conteúdo do seu acervo. Foi exatamente esse comando que vimos o Pixel 4 atender na terça-feira. Aconteceu tambémSasha dog desmascarado Semana passada eu trouxe aqui pra newsletter o nosso guia de como usar o filtro do vira-lata caramelo nos Stories do Instagram. Na terça-feira (15), fizemos uma descoberta: o cão do filtro, na verdade, é uma cadela. E nem brasileira ela é! Nosso editor-assistente Marcio Padrão conversou com Antonio Ruggiero, criador da ferramenta, e ele nos contou o que levou à criação do último viral nacional. Por falar em inovação no celular... Já que dissemos que as fabricantes de celulares têm apostado em firulas para se diferenciar. O Motorola One Zoom é um desses casos, com suas quatro câmeras em uma faixa de preço intermediário premium. A repórter Bruna Souza Cruz avaliou o modelo e até gostou da câmera, mas considerou que a bateria é o principal destaque do smartphone. E nada da Huawei cair Um foco importante da guerra comercial entre Estados Unidos e China, a Huawei está entre as empresas chinesas que sofrem boicote americano. Havia uma expectativa de que isso teria impacto nos negócios da gigante da tecnologia, mas os resultados dois últimos trimestres mostraram o contrário: a receita da marca aumentou de novo. PUBLICIDADE | | |