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Falha de segurança poderia permitir que hackers ligassem fogões da LG

A Samsung apresentou na IFA 2013 seu conceito de casa conectada. A base para todo o sistema é um aplicativo para celular chamado Smart Home, com o qual o usuário consegue controlar diversos eletrodomésticos modernos - Juliana Carpanez/UOL
A Samsung apresentou na IFA 2013 seu conceito de casa conectada. A base para todo o sistema é um aplicativo para celular chamado Smart Home, com o qual o usuário consegue controlar diversos eletrodomésticos modernos Imagem: Juliana Carpanez/UOL

27/10/2017 12h27

Paris, 26 Out 2017 (AFP) - Uma falha de segurança nos aparelhos "smart home" da LG permitia que hackers controlassem os eletrodomésticos de milhões de consumidores, inclusive com capacidade de ligar fogões, revelou uma empresa de segurança nesta quinta-feira (26).

A Check Point Software Technologies informou que a vulnerabilidade, chamada de "HomeHack", no aplicativo mobile e na nuvem LG SmartThinkQ permitiu que seu grupo de pesquisa assumisse a conta de um usuário e controlasse eletrodomésticos conectados, como fogão, refrigerador, máquinas de lavar louça e roupa, ar condicionado, entre outros.

A vulnerabilidade HomeHack também "deu aos atacantes o potencial para espionar atividades domésticas pela câmera do aspirador de pó robótico Hom-Bot", disse a Check Point em nota.

Os fogões conectados à internet poderiam ser ativados remotamente para pré-aquecer, o que significa que hackers maliciosos poderiam criar um risco de segurança em potencial.

A LG vendeu 90 milhões de aparelhos "smart home" no mundo em 2016, e todos eles estão potencialmente afetados pela falha de segurança.

Mas a gigante eletrônica sul-coreana disse que consertou o defeito por meio de uma atualização do aplicativo em setembro, após ser alertada pela Check Point.

A LG recomenda que todos os usuários atualizem, também, seus aplicativos SmartThinkQ, bem como todos os aparelhos conectados.

"Conforme cada vez mais aparelhos estão sendo usados em casa, hackers vão mudar seu foco de mirar em aparelhos individuais, para hackear os aplicativos que controlam redes de aparelhos", disse o diretor de vulnerabilidade de produtos da Check Point, Oded Vanunu, em um comunicado.