Investigação sobre escândalo do Facebook se amplia nos EUA, e ações caem
O Facebook perdeu terreno em Wall Street nesta terça-feira (3) depois de confirmar que está sendo investigado por várias agências federais dos Estados Unidos, além do Departamento de Justiça, depois do escândalo da Cambridge Analytica sobre o vazamento de dados pessoais.
As ações da empresa caíram 2,35%, a 192,73 dólares, na Bolsa de Nova York.
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"Estamos cooperando com as autoridades nos Estados Unidos, no Reino Unido e em outros lugares. Fizemos um depoimento público, respondendo a perguntas e nos comprometendo a ajudar em seu trabalho", disse um porta-voz da rede social à AFP, confirmando informações publicadas na imprensa.
De acordo com o jornal "The Washington Post", além do Departamento de Justiça, que investiga as práticas do Facebook em relação aos dados pessoais desde que estourou o escândalo em março, a investigação também envolve o FBI, o regulador da Bolsa (SEC) e o de concorrência (FTC).
Essas entidades tentam determinar se o grupo descumpriu suas obrigações ao não informar ao público e aos investidores sobre os vazamentos de dados pessoais.
O Facebook permitiu o recolhimento de dados pessoais de cerca de 87 milhões de seus usuários sem saber disso. Eles foram parar nas mãos da empresa britânica Cambridge Analytica, especializada em comunicação estratégica e que trabalhou em 2016 para a campanha de Donald Trump na Casa Branca.
O grupo admitiu que sabia desde 2015 que os dados pessoais tinham chegado à Cambridge Analytica (CA).
O FTC já tinha indicado que estava investigando o escândalo porque em 2011 acusou o Facebook de "enganar" usuários e tinha alertado contra aplicativos de terceiros, porque tinha acesso a dados demais.
As acusações do FTC levaram a um acordo amistoso no qual o Facebook se comprometeu com a vigilância e a transparência.