Amazon apura denúncia de que seus funcionários vendiam dados de clientes
A empresa americana Amazon investiga denúncias que indicam que alguns de seus funcionários venderam dados confidenciais de clientes a companhias de terceiros, particularmente na China, informou a empresa neste domingo (16).
"Estamos realizando uma investigação completa dessas acusações", disse o grupo de Seattle em uma declaração escrita à AFP, confirmando uma informação publicada pelo jornal "The Wall Street Journal".
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Segundo o jornal, que não deu números, os funcionários da Amazon vendem dados internos e outra informação confidencial, geralmente através de intermediários, a comerciantes que vendem seus produtos no site da companhia americana.
Ao enfatizar que é preciso que os funcionários aceitem as regras empresariais e éticas internas, muito rigorosas, uma porta-voz da empresa disse que o grupo tem "sofisticados sistemas para limitar e controlar o acesso à informação".
Qualquer um que viole essas regras está sujeito a medidas punitivas, "incluindo possíveis consequências judiciais e penais, se houver", acrescentou.
Na Amazon, os clientes podem comprar produtos vendidos diretamente pela empresa junto com produtos de muitos outros comerciantes.
A prática sob investigação é uma violação da política da companhia. Acontece particularmente na China, segundo o jornal, citando o exemplo dos intermediários em Shenzhen, que trabalham para funcionários do grupo vendendo informação sobre volumes de vendas por pagamentos que oscilam entre 80 e mais de 2.000 dólares.
No que se refere aos comerciantes, "temos uma política de tolerância zero para o desvio de nossos sistemas, e se encontrarmos agentes mal-intencionados envolvidos neste tipo de prática, tomaremos medidas rápidas contra eles, incluindo o encerramento de suas contas, eliminando os avisos, retendo fundos e tomando ações legais", disse o porta-voz.
As revisões falsas de produtos por supostos clientes se encontram entre as preocupações da investigação interna, disse o informe.
Segundo o WSJ, a Amazon, que emprega aproximadamente 560.000 pessoas em todo o mundo, está investigando este tema há meses.