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CEO da Apple é recebido na China após acusação de apoio a movimento de Hong Kong

Tim Cook, CEO da Apple - Noah Berger/AFP
Tim Cook, CEO da Apple Imagem: Noah Berger/AFP

Em Pequim

18/10/2019 08h30

O CEO da Apple, Tim Cook, foi recebido ontem por altos funcionários do governo da China em Pequim, depois que a empresa americana foi acusada na semana passada de apoiar o movimento pró-democracia de Hong Kong.

Com os desafios financeiros importantes na China continental, a empresa americana sempre evitou tomar partido em assuntos sensíveis.

Mas na semana passada, o jornal estatal chinês Diário do Povo criticou a Apple por ter autorizado em Hong Kong, cenário de protestos desde junho, um aplicativo que permite à população localizar policiais em um mapa.

O jornal descreveu o HKMap.live, que a Apple retirou de sua loja de aplicativos, como um apoio aos "agitadores" em Hong Kong.

Tim Cook se reuniu com o diretor da Administração do Estado para a Regulamentação do Mercado (SAMR), Xiao Yaqing, anunciou hoje o organismo.

"As duas partes abordaram um amplo leque de assuntos, como o crescimento dos investimentos e o desenvolvimento das empresas na China, assim como a proteção dos direitos dos consumidores", informou a SAMR em seu site, sem entrar em detalhes.

Ex-colônia britânica devolvida à China em 1997, Hong Kong enfrenta há quatro meses uma grave crise política, com manifestações quase diárias e às vezes violentas para denunciar o crescente domínio de Pequim.

Tim Cook, que foi criticado por ter cedido à pressão das autoridades chinesas para retirar o aplicativo, afirmou que agiu para "proteger os usuários".