Facebook deleta contas falsas de rede pró-Trump que atingia 55 milhões
Sem tempo, irmão
- Facebook desativou contas e páginas de rede de manipulação de informação
- Esses perfis buscavam publicar notícias falsas a favor do presidente Trump
- Para enganar, tinham até foto gerada de americanos por inteligência artificial
- Ao todo, as contas e páginas interagiam com 55 milhões de pessoas
O Facebook informou nesta sexta-feira (20) ter desativado duas operações separadas de manipulação de opinião pública, incluindo uma rede estabelecida no Vietnã e nos Estados Unidos que influenciava americanos com mensagens a favor do presidente Donald Trump, que interagia com 55 milhões de pessoas.
A empresa indicou que cancelou mais de 600 contas no Facebook e no Instagram. Essas páginas, grupos e perfis basicamente compartilhavam conteúdo do grupo de mídia do Epoch Times (vinculado ao movimento espiritual do Falun Gong, proibido na China), e do BL, uma organização americana favorável a Trump.
"[As pessoas envolvidas nesta campanha] usaram amplamente perfis falsos, muitos dos quais foram automaticamente bloqueados por nossos sistemas, para gerenciar suas páginas e grupos, publicar automaticamente em uma frequência muito alta e redirecionar os usuários para outros sites
Nathaniel Gleicher, chefe de cibersegurança do Facebook
A plataforma também observou que alguns perfis publicaram fotos geradas por tecnologias de inteligência artificial, para se passar por americanos.
Compartilharam textos, imagens e montagens sobre questões políticas dos Estados unidos, desde o processo de impeachment apresentado contra Donald Trump no Congresso, passando por religião, comércio e valores familiares.
A outra operação desmontada pelo Facebook foi realizada na Geórgia e abordou os moradores deste país do Cáucaso abalados nas últimas semanas por uma profunda crise política.
Em outubro, a rede social anunciou que havia bloqueado quatro operações de manipulação de opinião realizadas por grupos que fingiam ser usuários e eram apoiadas pelo Irã e Moscou, além de uma operação de desinformação direcionada da Rússia para vários países africanos.
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