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EUA quer proibir uso de aplicativos chineses em celulares no país

Aplicativos como TikTok, WeChat e outros são ameaças significativas, segundo secretário de estado americano - Reprodução
Aplicativos como TikTok, WeChat e outros são ameaças significativas, segundo secretário de estado americano Imagem: Reprodução

Em Washington

06/08/2020 18h25

Os Estados Unidos buscam proibir a inclusão de aplicativos chineses considerados suspeitos em operadoras de telefones celulares e fabricantes de telefones locais, afirmando que os 'apps' representam riscos de segurança, anunciou nesta quarta-feira Mike Pompeo, Secretário de Estado americano.

Pompeo anunciou que Washington está expandindo seu programa "Clean Network" (Rede Limpa) direcionado contra a China.

"Com as empresas matrizes com sede na China, aplicativos como TikTok, WeChat e outros são ameaças significativas para os dados pessoais dos cidadãos americanos, sem mencionar as ferramentas para a censura de conteúdo do Partido Comunista Chinês", disso o secretário de Estado.

Pompeo explicou que os Estados Unidos também buscam impedir que os aplicativos americanos sejam pré-instalados ou disponíveis para ser baixados em celulares fabricados na China, como da gigante Huawei.

"Não queremos que as empresas sejam cúmplices dos abusos contra os direitos humanos da Huawei ou do aparelho de vigilância do Partido Comunista Chinês", completou.

O anúncio acontece dois dias após o presidente Donald Trump ordenar que a empresa de tecnologia chinesa ByteDance venda o aplicativo TikTok a uma empresa americana até setembro se quiser evitar ficar fora de operação no país.

Washington acredita que o TikTok reúne uma quantidade enorme de dados pessoas de centenas de milhões de usuários que poderiam ser usados pela inteligência chinesa.

O foco no uso de aplicativos expande o programa 'Clean Path', que o Departamento de Estado apresentou em 29 de abril.

Em essência, o programa é uma iniciativa de vários países para evitar que a Huawei e outros provedores chineses dominem os serviços de telecomunicação da tecnologia 5G.

O embaixador da China em Londres, Liu Xiaming, condenou nesta quarta-feira o programa e o classificou de uma intimidação contrária aos ideias do livre comércio.