Exploração lunar: por que a Nasa vai comprar amostras da Lua de empresas
A Nasa, agência espacial norte-americana, fez um anúncio sem precedentes na última quinta-feira (10) sobre licitações para empresas privadas coletarem amostras de rochas lunares e trazê-las para a Terra.
"A Nasa quer comprar (amostras de) solo lunar de fornecedores comerciais!", escreveu no Twitter o diretor da NASA, Jim Bridenstine.
Em uma política incentivada pelo presidente Donald Trump, os Estados Unidos pretendem liderar a exploração dos recursos, principalmente da mineração, encontrados no solo ou no subsolo dos asteroides e da Lua.
O presidente norte-americano emitiu um decreto sobre esse assunto em abril, apesar da ausência de consenso e de jurisprudência internacional sobre como administrar e compartilhar recursos extraterrestres.
Os tratados espaciais existentes são vagos quando se trata de determinar a exploração de recursos fora da Terra.
A Nasa convida as empresas a apresentarem suas propostas de extração de "pequenas" amostras de pedras da Lua, ou da poeira que cobre a superfície do satélite.
As amostras depois se tornariam propriedade da Nasa, sendo a agência a "única" proprietária do material. Diante da entrega das amostras, será pago 80% do valor estabelecido em contrato.
A convocatória faz parte de um novo modelo econômico que começa a ganhar força na agência espacial americana, que consiste em terceirizar o desenvolvimento e a operação de missões por meio de contratos com empresas espaciais privadas.
Nesse sentido, a Nasa assinou um acordo com a SpaceX, responsável pelo transporte de cargas e de astronautas até a Estação Espacial Internacional (ISS).
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