Elon Musk e Jeff Bezos trocam farpas por projetos espaciais
Jeff Bezos e Elon Musk, as duas pessoas mais ricas do mundo, trocaram farpas na terça-feira (26) em relação aos respectivos projetos de prover internet por meio de satélites.
Os planos de ambos estão em avaliação pelas autoridades.
Bezos, fundador da Amazon e da empresa espacial Blue Origin, que realiza o "Projeto Kuiper", emitiu um comunicado em que afirma que o projeto "Starlink" da empresa de Musk, a SpaceX, busca mudanças que "podem criar um ambiente mais perigoso para colisões no espaço" e gerar maior interferência de rádio.
O Projeto Kuiper, com orçamento de 10 bilhões de dólares, será capaz de fornecer internet a partir do espaço e já recebeu permissão do governo dos Estados Unidos para instalar 3.000 satélites em órbita baixa.
A SpaceX lançou no espaço pequenos satélites para formar um sistema global de banda larga e pede às autoridades permissão para colocá-los em órbitas mais baixas, o que preocupa a Amazon.
"Apesar do que a SpaceX posta no Twitter, são as mudanças propostas pela SpaceX que vão sufocar a competição entre os sistemas de satélite", acrescentou Bezos, ressaltando suas objeções às autoridades.
"É claro o interesse da SpaceX em sufocar a concorrência em seus primeiros dias, se possível, mas certamente não é do interesse do público", continuou a empresa de Bezos.
Musk, por sua vez, respondeu garantindo que seu projeto "Starlink" progride mais rápido do que o do rival.
"O que não beneficia o público é atrasar o Starlink hoje em favor de um sistema de satélites da Amazon que está, na melhor das hipóteses, há vários anos de ser operacional", tuitou o bilionário sul-africano.
A SpaceX disse em uma carta à Comissão Federal de Comunicações que as mudanças nas órbitas não irão interferir com as de seus rivais.
A empresa de Musk lançou seu principal foguete, o Falcon 9, com uma carga de 143 satélites no domingo.
A comunidade científica expressou preocupação com o número de objetos que se acumulam no espaço ao redor da Terra.
A SpaceX afirma que seus satélites são projetados para pegar fogo na reentrada na atmosfera após vários anos de serviço.
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