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Meta deverá pagar US$ 90 milhões por rastrear usuários mesmo fora do Facebook

Pessoas tiram foto em frente a sede da Meta (controladora do Facebook) em Menlo Park, na Califórnia (EUA) - Justin Sullivan/Getty Images North America/AFP
Pessoas tiram foto em frente a sede da Meta (controladora do Facebook) em Menlo Park, na Califórnia (EUA) Imagem: Justin Sullivan/Getty Images North America/AFP

Em San Francisco

16/02/2022 09h03

A Meta, controladora do Facebook, concordou em pagar US$ 90 milhões para encerrar um processo de 10 anos que acusa a rede social de rastrear usuários on-line mesmo após eles se desconectaram da mesma, segundo registros do tribunal.

O acordo foi protocolado nesta segunda-feira, em um tribunal da Califórnia. Se aprovado por um juiz, irá encerrar um de uma série de processos segundo os quais a gigante das redes sociais violou a privacidade dos usuários.

"Chegar a um acordo neste caso, que tem mais de uma década, é do melhor interesse da nossa comunidade e dos nossos acionistas e estamos felizes em superar essa questão", disse à AFP o porta-voz da Meta Drew Pusateri.

O processo alegava que a gigante da mídia social havia violado as normas de privacidade ao rastrear as visitas de seus usuários a páginas externas que continham botões de "curtir" do Facebook, para direcionar melhor os anúncios. Esse rastreamento ia de encontro às garantias dadas pelo Facebook naquela época, de acordo com documentos judiciais.

O processo, que consolidou litígios estaduais e federais, representava pessoas que possuíam contas ativas no Facebook entre o começo de 2010 e o fim de 2011. O acordo proposto exige que a Meta exclua todos os dados que, segundo o processo, foram colhidos de forma errada.

A Meta e outros gigantes americanos da internet estão na mira de defensores da privacidade, usuários e reguladores sobre como eles usam dados pessoais e "cookies" que rastreiam o comportamento on-line.