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Rússia coordena ataques cibernéticos e militares na Ucrânia, diz Microsoft

Frente de loja da Microsoft em Nova York, nos Estados Unidos - Dave Kotinsky/Getty Images for Microsoft
Frente de loja da Microsoft em Nova York, nos Estados Unidos Imagem: Dave Kotinsky/Getty Images for Microsoft

Em Washington

28/04/2022 11h11

Um grupo de hackers alinhados com o governo russo realizou centenas de ataques cibernéticos contra a Ucrânia desde que Moscou invadiu o país vizinho, reportou a Microsoft em um relatório divulgado nesta quarta-feira (27).

A gigante tecnológica destacou que, com parte de uma tática de guerra "híbridas", a Rússia costuma combinar os ataques cibernéticos com ações militares no campo de batalha.

"Começando logo antes da invasão, vimos pelo menos seis atores de Estados-nação alinhados com a Rússia lançarem mais de 237 operações contra Ucrânia", detalhou a Microsoft, que está trabalhando com especialistas em cibersegurança ucranianos e empresas privadas para contra-atacar essas investidas.

A empresa americana afirmou que essa guerra cibernética incluía "ataques destrutivos que estão em curso e ameaçam o bem-estar dos civis".

O relatório assinala que, na primeira semana da invasão, hackers russos atacaram uma importante emissora ucraniana "no mesmo dia em que o exército russo anunciou sua intenção de destruir os alvos de 'desinformação' ucranianos e dirigiu um ataque com mísseis contra uma torre de televisão em Kiev".

A corporação americana ressaltou que o objetivo desses ataques coordenados era "atrapalhar ou degradar as funções militares e governamentais da Ucrânia e solapar a confiança do público nessas mesmas instituições".

Além disso, a Microsoft detalhou que havia detectado quase 40 ataques cibernéticos destrutivos, voltados contra centenas de sistemas, um terço dos quais foram direcionados contra organizações governamentais ucranianas em todos os níveis, desde o nacional até o local, enquanto outros 40% tinham como alvo a infraestrutura crítica do país.

"Esses atores costumam modificar seus malwares em cada ação para evitar assim a sua detecção", sustenta o relatório, que também ressalta que os hackers começaram a preparar sua campanha em março de 2021, quase um ano antes de Vladimir Putin ordenar a invasão da Ucrânia.