Quatro anos de prisão para cientista mexicano acusado de espionar EUA para a Rússia
Miami, 21 Jun 2022 (AFP) - O cientista mexicano Héctor Cabrera Fuentes foi condenado nesta terça-feira (21) a quatro anos e um dia de prisão por espionar uma fonte do governo americano para a Rússia, durante uma audiência em Miami, no sudeste dos Estados Unidos.
"Estou profundamente arrependido por minhas ações e peço perdão aos Estados Unidos", declarou em inglês o renomado bioquímico perante um tribunal federal do sudeste da Flórida.
Cabrera Fuentes, natural de Oaxaca, declarou-se culpado em fevereiro por "atuar nos Estados Unidos para um governo estrangeiro sem notificar a Promotoria", um crime castigado com uma pena máxima de 10 anos de prisão.
Segundo documentos judiciais, um funcionário russo o recrutou em maio de 2019, prometendo-lhe ajuda para resolver um assunto migratório que afetava sua esposa russa.
A missão era viajar para Miami e tirar fotos da placa do carro de um americano que havia fornecido informações sobre o governo russo a Washington.
O cientista viajou para Miami do México em 13 de fevereiro de 2020 para cumprir essa missão. No dia seguinte, ele dirigiu até o local onde a fonte do governo dos EUA morava em um carro alugado. Lá ele chamou a atenção de um segurança porque entrou no prédio colando em outro veículo antes que o portão de entrada se fechasse.
Antes da audiência, parentes de Cabrera Fuentes e cientistas que trabalharam com ele enviaram cartas ao tribunal para destacar seu trabalho como "bioquímico e pesquisador cardiovascular de renome mundial", segundo um memorando enviado ao juiz.
Um trabalho científico que, segundo o documento, "só é superado por seu trabalho de caridade para apoiar o povo de sua nativa Oaxaca".
"Todo mundo comete erros na vida e esse é o meu grande erro", declarou Cabrera Fuentes no tribunal, onde mostrou seu desejo de voltar ao trabalho após a libertação da prisão.
gma/dga/aa
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