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Biden estreia fábrica de semicondutores para reduzir dependência chinesa

Presidente dos EUA, Joe Biden, discursa durante visita às obras da fábrica da TSMC no Arizona; planta será responsável por produção de semicondutores no país - Jonathan Ernst/Reuters
Presidente dos EUA, Joe Biden, discursa durante visita às obras da fábrica da TSMC no Arizona; planta será responsável por produção de semicondutores no país Imagem: Jonathan Ernst/Reuters

07/12/2022 09h37

O presidente Joe Biden declarou nesta terça-feira (6) o retorno da indústria manufatureira americana, em uma fábrica gigante de semicondutores taiwanesa localizada no estado do Arizona, destinada a romper com a dependência dos Estados Unidos de produtores estrangeiros desse componente.

"A manufatura americana está de volta, amigos", comemorou Biden na fábrica de Phoenix, acompanhado de políticos do alto escalão e grandes empresários, como os CEOs da Apple, Tim Cook, e da Micron, Sanjay Mehrotra.

O projeto da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), maior fabricante mundial de chips de última geração, contribuiria em grande parte para que os Estados Unidos atingissem o objetivo de pôr fim à sua dependência de fábricas localizadas no exterior, principalmente em Taiwan, que se encontra sob a ameaça constante de ser absorvida ou invadida pela China.

A TSMC anunciou que irá construir uma segunda fábrica em Phoenix até 2026, elevando seu investimento no Arizona de US$ 12 bilhões para US$ 40 bilhões, com o objetivo de produzir cerca de 600 mil microchips por ano. Cerca de 10 mil postos de trabalho ligados à alta tecnologia serão criados quando as duas fábricas estiverem em operação, indicou a empresa.

Biden esperava obter ganhos políticos com o fluxo de investimentos, apontando para o efeito de sua Lei Chips, que reserva quase US$ 53 bilhões para subsídios e pesquisas no setor de semicondutores.

A maior parte do fornecimento atual de microchips para os Estados Unidos vem do exterior. Embora a maioria das empresas esteja sediada em países aliados de Washington na Ásia, a grande distância e a tensão geopolítica em torno de Taiwan preocupam o governo americano e empresas como a Apple.

© Agence France-Presse