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Por que big techs estão investindo pesado em bots de inteligência artificial

Thinkhubstudio/iStock
Imagem: Thinkhubstudio/iStock

07/02/2023 11h00Atualizada em 07/02/2023 11h17

A batalha para impor seus próprios modelos de inteligência artificial (IA) se lançou entre os gigantes buscadores da internet, entre eles, a Microsoft, que aposta no programa ChatGPT, o Google, que acaba de lançar o Bard e o site de buscas chinês Baidu, que anuncia seu próprio serviço de chatbot.

Uma inteligência artificial aplicada à busca no universo infinito da Internet pode revolucionar a rede e o mundo do trabalho.

O objetivo é fazer uma pergunta ao buscador e obter uma resposta em linguagem natural, não uma lista exaustiva de documentos.

A IA também pode propor uma cartografia, uma reunião de trabalho, contatos relacionados ao tema ou uma análise de imagem.

Bilhões de dólares de investimento

Em novembro de 2022, a start-up californiana OpenAI, com o auxílio da Microsoft, lançou seu robô de conversas ChatGPT, capaz de responder a qualquer pergunta com mais ou menos precisão. Atualmente o serviço é gratuito e o sucesso tem sido estrondoso: 100 milhões de usuários em dois meses.

No final de janeiro, a Microsoft anunciou que está disposta a investir "bilhões de dólares" no OpenAI. Segundo a imprensa americana, o grupo já investiu US$ 3 bilhões e planeja injetar mais US$ 10 bilhões.

As consequências práticas já estão aparecendo. A Microsoft lançou na última segunda-feira (6) uma versão mais cara de seu programa de comunicação Teams, equipado com funcionalidades de ChatGPT, por exemplo, para gerar resumos de reuniões.

A multinacional ainda garantiu há duas semanas que planeja "acrescentar um toque" de ChatGPT a todos os seus produtos, entre eles, o buscador Bing, que ainda não consegue competir com o Google.

Em pouco menos de um mês, o principal site de buscas já anunciou sua réplica.

Seu projeto Bard "procura combinar a amplitude do conhecimento global com o poder, a inteligência e a criatividade de nossos grandes modelos de linguagem", explicou o diretor-geral da empresa, Sundar Pichai, na segunda-feira.

"Ele se baseia em informações da web para fornecer respostas novas e de alta qualidade", acrescentou.

O Google controla cerca de 90% do número de buscas na internet, o que significa uma enorme receita de publicidade.

E agora é a vez do Baidu. Várias empresas chinesas começaram a desenvolver aplicativos rivais, mas o Baidu é o maior a entrar na briga para recriar o sucesso do ChatGPT, embora a empresa não tenha anunciado uma data de lançamento para o serviço, que será chamado de "Ernie Bot".

Um porta-voz da empresa chinesa disse à AFP que "os testes internos podem ser concluídos em março, antes que o chatbot seja disponibilizado ao público".

Contudo, alguns projetos iniciais enfrentaram problemas. É o caso da Meta (Facebook). Pouco antes do surgimento do ChatGPT, no dia 15 de novembro, o grupo anunciou o Galactica, um modelo de linguagem que resume artigos científicos e até ajuda a escrevê-los.

No entanto, a ferramenta de IA também gerou respostas absurdas ou racistas.

A Meta retirou do ar esse modelo beta três dias após seu lançamento.

© Agence France-Presse