Meta apresenta sua própria IA ante frenesi do ChatGPT
A Meta, dona do Facebook, revelou nesta sexta-feira (24) sua própria versão de inteligência artificial (IA) e afirmou que daria acesso à mesma aos pesquisadores, a fim de que encontrem soluções para os riscos em potencial dessa tecnologia.
A Meta descreveu sua inteligência artificial, chamada LLaMA, como um modelo "menor e de maior desempenho" projetado para "ajudar os pesquisadores a avançar em seu trabalho", no que poderia ser considerada uma crítica velada à decisão da Microsoft de divulgar amplamente a tecnologia enquanto mantém em sigilo o código de programação.
Apoiado pela Microsoft, o ChatGPT causou sensação em todo o mundo por sua capacidade de gerar em segundos textos de grande qualidade, como ensaios e poemas, usando uma tecnologia conhecida como grandes modelos linguísticos (LLM, sigla em inglês).
Vendo uma ameaça repentina ao domínio do seu mecanismo de busca, a Google se apressou em anunciar que lançará sua própria IA linguística, conhecida como Bard. Mas relatos de trocas perturbadoras com o chatbot Bing, da Microsoft, como ameaças e desejos de roubar código nuclear, viralizaram, fazendo soar o alerta de que a tecnologia não estava pronta.
A Meta indicou que esses problemas poderiam ser mais bem remediados se os pesquisadores tivessem mais acesso a essa tecnologia, de alto custo.
A OpenAI (criadora do ChatGPT) e a Microsoft limitam o acesso à tecnologia por trás de seus chatbots, o que gera críticas de que preferem os potenciais lucros a aprimorar a tecnologia mais rapidamente para a sociedade. "Com o compartilhamento do código LLaMA, outros pesquisadores podem testar mais facilmente novas abordagens para limitar ou eliminar esses problemas", apontou a Meta.
© Agence France-Presse
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