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Canadá proíbe TikTok em dispositivos móveis do governo

Dado Ruvic/Reuters
Imagem: Dado Ruvic/Reuters

28/02/2023 08h59Atualizada em 22/03/2023 12h41

O governo do Canadá anunciou nesta segunda-feira (27) a proibição, a partir de terça-feira, do aplicativo TikTok nos dispositivos móveis que fornece a seus funcionários, alegando "um nível de risco inaceitável" para a privacidade e a segurança.

"Em um dispositivo móvel, os métodos de coleta de dados do TikTok proporcionam um acesso considerável ao conteúdo do telefone", disse a ministra do Tesouro, Mona Fortier, e acrescentou em um comunicado que a decisão foi tomada "como medida de precaução".

"Não temos motivos para acreditar neste momento que alguma informação do governo tenha sido comprometida", acrescentou.

Uma porta-voz do TikTok afirmou que a decisão canadense era "curiosa", já que foi tomada "sem citar nenhum problema de segurança específico", e lamentou que o governo não tenha entrado em contato com a empresa antes do anúncio oficial.

A popular plataforma de vídeos curtos e virais, propriedade da chinesa ByteDance, é cada vez mais escrutinada pelos países ocidentais, que temem que Pequim possa usá-la para acessar dados de usuários do mundo todo.

Esta proibição no Canadá ocorre dias depois de uma decisão similar da Comissão Europeia, que baniu o uso do TikTok por seu pessoal para "proteger" a instituição.

O TikTok também está na mira de autoridades americanas: uma lei ratificada há algumas semanas pelo presidente Joe Biden proíbe a utilização do app na Câmara dos Representantes e no Senado, assim como nos dispositivos dos funcionários do governo.

As relações entre China e Canadá se deterioraram drasticamente nos últimos anos, em particular depois da prisão por parte de Ottawa, a pedidos dos EUA, da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, em 2018.

O comissário de Privacidade do Canadá, um defensor público apartidário e funcionário do Parlamento, anunciou na semana passada o início de uma investigação sobre o TikTok com o objetivo de estabelecer sua conformidade com as leis canadenses.

© Agence France-Presse