Após escândalo, Tesla é processada por vídeos de clientes feitos por câmeras nos carros
A Tesla enfrenta uma ação coletiva por invasão de privacidade após revelações de que seus funcionários compartilharam internamente imagens sensíveis feitas por câmeras instaladas nos veículos da marca.
Os automóveis elétricos da empresa de Elon Musk contam com múltiplos sensores, que incluem câmeras, para guiar as ferramentas de ajuda para a direção, assinala a ação apresentada na sexta-feira por Henry Yeh, dono de um Model Y, e que à qual a AFP teve acesso nesta segunda-feira (10).
Funcionários da companhia acessaram essas imagens "não com o objetivo declarado de comunicar, oferecer serviços e melhorar os sistemas de direção dos veículos Tesla", mas "para diversão de mau gosto e criminosa de funcionários da Tesla, e possivelmente pessoas de fora da empresa", afirma o documento, que tem como base depoimentos reportados na quinta-feira pela agência Reuters.
Os trabalhadores da companhia difundiram "gravações de clientes da Tesla em situações privadas e embaraçosas, como, por exemplo, o vídeo de um homem que se aproxima completamente nu de um veículo Tesla, vídeos de acidentes e agressões na rodovia", acrescentou.
Também é possível determinar onde os vídeos foram gravados, o que possibilitaria identificar o dono do veículo, ao contrário do que afirma a empresa, assinala a ação.
O demandante pede uma indenização e acusa a Tesla, entre outras coisas, de invasão da vida privada, descumprimento da legislação sobre o direito dos consumidores, quebra de contrato e negligência.
A Tesla, por sua vez, não respondeu a um pedido de comentário da AFP.
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