China lança missão Shenzhou-17 rumo à estação espacial Tiangong
A China lançou nesta quinta-feira (26) a missão Shenzhou-17 com três jovens astronautas rumo à estação espacial Tiangong, em uma nova etapa de seu programa, que pretende enviar pessoas à Lua até 2030.
O foguete Longa Marcha-2F, que transporta a nave Shenzhou-17, decolou com sucesso do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, na região noroeste da China, às 11H14 (00H14 de Brasília) com a tripulação de astronautas mais jovem desde a construção da Tiangong.
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Centenas de pessoas com bandeiras da China e flores amarelas se despediram dos astronautas.
A canção "Ode à Mãe Pátria" foi entoada enquanto os astronautas caminhavam lentamente entre a multidão, antes de embarcar no ônibus que os levou ao ponto de lançamento.
"A nave espacial, montada sobre um foguete de lançamento Longa Marcha 2-F, decolou do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste da China", anunciou a agência estatal Xinhua.
O capitão da equipe é Tang Hongbo, 48 anos, que retorna pela primeira vez à Tiangong. Ele é acompanhado por Tang Shengjie, 33, e Jiang Xinlin, 35, ambos em sua primeira viagem espacial.
A tripulação tem a menor média de idade da história das missões espaciais chinesas, 38 anos.
Eles devem conduzir "vários testes e experimentos de carga útil e de ciência espacial em órbita", disse Lin Xiqiang, vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China.
Lin também citou trabalhos de manutenção na estação para reparar alguns "pequenos danos" provocados por detritos espaciais.
"Detectamos que os painéis solares da estação espacial foram atingidos diversas vezes por pequenas partículas espaciais", explicou Lin.
- Sonho espacial -
Os integrantes da missão anterior, Shenzhou-16, estão há cinco meses na estação Tiangong e se preparam para receber o novo trio, antes de retornar para a Terra na próxima semana.
Uma transmissão ao vivo exibiu os tripulantes da estação espacial monitorando o início da nova missão.
Quinze minutos após o lançamento, um funcionário do programa espacial anunciou um "sucesso completo".
Tiangong, principal elemento do programa espacial chinês, altera sua tripulação de três astronautas a cada seis meses.
Durante o governo do presidente Xi Jinping, a China acelerou o seu "sonho espacial".
A segunda maior economia do mundo investiu bilhões de dólares no programa administrado pelas Forças Armadas para tentar alcançar o mesmo nível dos Estados Unidos e da Rússia na área.
Como parte da estratégia, Pequim planeja enviar uma missão tripulada à Lua em 2030 e deseja construir uma base na superfície do satélite da Terra.
O vice-diretor Lin reafirmou na quarta-feira que "a meta de colocar pessoas chinesas na Lua até 2030 será alcançada de acordo com o cronograma".
Em junho, a cápsula da missão Shenzhou-15 retornou ao local de pouso na região norte da Mongólia Interior. A imprensa estatal considerou a missão um "sucesso completou".
No mesmo mês, a missão Shenzhou-16 decolou com o primeiro civil chinês a viajar ao espaço, o professor universitário Gui Haichao.
Esta tripulação retornará à Terra em 31 de outubro, depois de completar a transferência para o trio que decolou nesta quinta-feira.
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© Agence France-Presse