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IA do Google gera imagem de nazista negro, e empresa suspende o serviço

Ao pedir uma ilustração de um soldado alemão de 1943, inteligência artificial do Google mostra resultados diversos, como um soldado negro (esq.). Empresa pediu desculpas Imagem: Reprodução

22/02/2024 10h49Atualizada em 22/02/2024 11h09

O Google anunciou nesta quinta-feira (22) a suspensão de um serviço que cria imagens de pessoas por meio da inteligência artificial (IA), depois do programa retratar tropas da era nazista como pessoas de diferentes origens étnicas.

Em 8 de fevereiro, o gigante americano da tecnologia lançou em alguns países uma nova versão aprimorada de seu programa Gemini. Agora, entretanto, reconheceu que terá que "resolver problemas recentes" com a função de geração de imagens.

"Vamos suspender a geração de imagens de pessoas e em breve lançaremos uma versão aprimorada", disse a empresa em comunicado.

Dois dias atrás, um usuário do X (ex-Twitter) publicou imagens do resultado fornecido pelo Gemini depois de receber instruções para "gerar uma imagem de um soldado alemão de 1943".

Ao pedir uma ilustração de um soldado alemão de 1943, inteligência artificial do Google mostra resultados diversos, como um soldado negro (esq.). Empresa pediu desculpas Imagem: Reprodução

A IA gerou quatro imagens de soldados: um era branco, outro negro e duas eram mulheres negras, segundo o usuário do X chamado John L.

"@GoogleAI tem um mecanismo de diversidade adicionado que alguém não projetou muito bem ou não testou", escreveu John L no X.

As empresas de tecnologia veem a IA como o futuro para tudo, desde ferramentas de busca até câmeras de smartphones.

No entanto, os programas de IA, não apenas os produzidos pelo Google, têm sido amplamente criticados por perpetuar preconceitos raciais em seus resultados.

As grandes empresas de tecnologia frequentemente são acusadas de lançar produtos de IA antes que sejam devidamente testados. E o Google tem um histórico irregular no lançamento de produtos de IA.

A empresa pediu desculpas no ano passado depois que um anúncio de seu chatbot recém-lançado, chamado Bard, mostrou o programa respondendo incorretamente a uma pergunta básica sobre astronomia.

© Agence France-Presse

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