Apple remove aplicativo sobre Intifada a pedido de Israel
A Apple retirou um aplicativo em árabe de sua App Store em resposta a um pedido do governo de Israel, que afirmou que o software incitava à violência.
O software grátis, chamado ThirdIntifada (Terceira Intifada, em tradução livre), tinha sido lançado havia alguns dias. O aplicativo encorajava seus usuários a compartilhar opiniões
e organizar protestos contra Israel.
A palavra Intifada se refere aos levantes violentos de palestinos contra Israel nas últimas três décadas. Terceira Intifada se refere a um possível futuro levante.
"Retiramos este aplicativo da App Store porque violava as orientações dadas para os desenvolvedores ao ser ofensivo a grandes grupos de pessoas", afirmou Tom Neumayra, porta-voz da Apple.
Carta para Jobs
O aplicativo, desenvolvido por uma empresa baseada em Dubai, fazia uma lista de protestos que iriam acontecer, fornecia notícias e editoriais em árabe, além de incluir links para material nacionalista palestino na web.
O ministro israelense para Negócios Públicos e Diáspora, Yuli Edelstein, enviou uma carta ao fundador da Apple, Steve Jobs, com uma reclamação contra o aplicativo.
"Ao navegar pelos artigos, estórias e fotografias que aparecem no aplicativo, fica claro que este é um aplicativo contra Israel e contra o Sionismo que, na verdade, como seu nome sugere, chama para um levante contra Israel", afirmou Edelstein na carta a Jobs.
Nesta quinta-feira, logo depois da retirada do aplicativo, o ministro israelense aprovou a "ação rápida da Apple".
Em março deste ano, o Facebook já tinha retirado do ar uma página que pedia por um novo levante palestino contra Israel.
Segundo o jornal israelense Haaretz, Edelstein afirmou que a página do Facebook foi criada pelo mesmo grupo responsável pelo aplicativo ThirdIntifada.
"A página do Facebook pedia um levante contra Israel por meio de violência, e incluía incitação grave", disse o ministro.
Na declaração do Ministério em que anunciou a medida da Apple, Edelstein afirmou que a companhia, como o Facebook, "provou que tem valores que são opostos à violência, incitação e terrorismo".
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