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Empréstimo de livros digitais opõe bibliotecas e editoras

Paula Adamo Idoeta

Da BBC Brasil em São Paulo

25/01/2013 10h52

Em meio à tendência de revitalização de bibliotecas e sua adequação às novas demandas dos leitores, muitas passaram a adquirir dispositivos (como Kindle) e livros digitais (e-books).

Na Biblioteca de São Paulo (zona Norte da cidade), por exemplo, Kindles estão disponíveis para os usuários, mas só podem ser usados dentro da própria biblioteca.

Nos EUA e em países da Europa e da Oceania, já existem empresas como a Public Library Online, que prestam serviço a bibliotecas, disponibilizando acervo digital para os usuários destas.

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Com isso, usuários das bibliotecas que adquirem o serviço podem emprestar livros digitais pela internet, baixando-os para lê-los em seus próprios dispositivos eletrônicos.

Nesse modelo, o livro só pode ser baixado por um aparelho de cada vez e, passado o prazo de validade do aluguel, o arquivo se fecha.

Ainda assim, a questão envolve uma polêmica a respeito de direitos autorais das obras emprestadas online e coloca bibliotecas e editoras de livros em campos opostos nos EUA.

Em seu relatório mais recente, a Associação de Bibliotecas da América (ALA, na sigla em inglês) diz que "o crescimento dos e-books estimulou a demanda, mas as bibliotecas têm acesso limitado a eles por causa de restrições das editoras".

Limitações

O relatório diz que grandes editoras, como Macmillan, Simon and Schuster e Hachette, têm se recusado a fornecer livros digitais às bibliotecas.

A editora Harper Collins, por sua vez, limita a 26 o número de vezes que um livro digital pode ser emprestado (ou baixado) pela biblioteca que o adquirir. E a editora Random House aumentou o preço dos e-books vendidos às bibliotecas, também segundo o relatório.

"Em um momento de duras restrições orçamentárias, aumentos nos preços impedem na prática o acesso de muitas bibliotecas (ao e-book)", diz o texto.

As editoras, por sua vez, dizem estar defendendo os direitos dos autores e argumentam que os limites de acesso levam em conta a vida útil que um livro em papel teria.

Maureen Sullivan, presidente da ALA, disse à BBC Brasil que há conversas com as editoras para chegar a um acordo e que algumas bibliotecas estão testando modelos alternativos.

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