Cidade britânica vai enviar SMS para estimular quem quer perder peso
Pessoas obesas da cidade britânica de Stoke-on-Trent, região central da Inglaterra, vão receber mensagens de texto em seus ceulares para estimular a perda de peso.
As mensagens, enviadas por um serviço criado pela prefeitura, incluem textos como "use mais a escada", "coma frutas e verduras" e "verifique (o consumo) de petiscos e bebidas".
O projeto de dez semanas vai custar 10 mil libras (quase R$ 40 mil) e será disponibilizado para 500 pessoas que se inscreverem na prefeitura.
Esta verba inclui o custo de implantação do projeto e de envio de mensagens.
"Nosso programa significa que as pessoas que já querem perder peso e se inscreveram para conseguir nosso apoio vão receber um cutucão barato e eficaz para ajudar a manter a motivação", afirmou Adrian Knapper, do setor de saúde da prefeitura.
Cerca de 70 mil adultos da cidade são classificados como obesos segundo a administração municipal e o NHS local (o serviço público de saúde) relata que os gastos anuais com doenças relacionadas à obesidade chegam a 50 milhões de libras (quase R$ 198 mil).
Elogios e críticas
Nathan Troni, de 55 anos, mora na cidade e afirma que seu Índice de Massa Corporal (IMC) é de 32, o que o classifica como obeso. Troni disse que está pensando em assinar o serviço da prefeitura.
"Acho que seria um lembrete, só para me manter no caminho. Não sei se seria parecido com amolação. Já tenho minha mulher para fazer isso", disse.
A líder da oposição em Stoke-on-Trent, Abi Brown, afirmou que gosta do sentimento por trás da ideia, mas acha que o dinheiro poderia ser aplicado em outro setor.
"Se o dinheiro fosse para grupos comunitários poderia ser usado para apoiar as pessoas que estão perdendo peso e também em outros projetos", disse.
Hope Chang, moradora da cidade, afirma que "não vê como (o projeto) fará diferença".
"Você precisa ter força de vontade e se você não tem, uma mensagem de texto automática não vai ajudar. Se eu precisar de um lembrete quando estou perdendo peso, vou olhar no espelho", afirmou.
Já o professor Phil O'Connell, da Universidade de Staffordshire, é mais otimista com o projeto "pioneiro".
"Esta é uma forma eficaz de usar as verbas, ajudando as pessoas antes que elas cheguem ao estágio de precisar de um tratamento muito caro para uma série de problemas relacionados à obesidade, incluindo diabetes, câncer, doenças cardíacas e incapacidade", afirmou.
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