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A comovente história da selfie com os gorilas que ficam de pé

Os dois gorilas que aparecem nas imagens perderam as mães quando ainda bebês e foram salvos por guardas florestais - Mathieu Shamavu
Os dois gorilas que aparecem nas imagens perderam as mães quando ainda bebês e foram salvos por guardas florestais Imagem: Mathieu Shamavu

22/04/2019 11h39Atualizada em 22/04/2019 13h55

Por trás de imagem que viralizou, estão primatas que gostam de 'imitar' seus protetores - guardas florestais que os resgataram quando perderam suas mães, ainda bebês.

Dois gorilas foram fotografados posando para uma selfie com os guardas florestais que os resgataram quando bebês.

A imagem foi feita no orfanato de gorilas Virunga National Park, na República Democrática do Congo, onde os animais foram criados depois que seus pais foram mortos por caçadores.

O diretor do parque, Innocent Mburanumwe, disse à BBC Newsday que os dois animais aprenderam a imitar seus protetores, que cuidaram deles desde o resgate.

Segundo Mburanumwe, os gorilas encaram os dois guardas florestais como seus pais. O diretor do parque contou que as mães dos gorilas foram mortas no mesmo mês, em julho de 2007. Um dos filhotes tinha dois meses e o outro, quatro meses.

Eles foram encontrados e levados ao Santuário Senkwekwe, em Virunga, onde têm vivido desde então.

Mburanumwe explica que, como os dois gorilas conviveram durante toda a infância com os guardas que os resgataram, passaram a "imitar os humanos"- ficar de pé, sobre as duas pernas, é uma forma de imitar o comportamento dos seres humanos.

"Mas isso não é comum. Eu fiquei muito surpreso quando vi. É engraçado e curioso ver um gorila imitando um ser humano, ficando de pé assim", disse.

Ser um guarda florestal, no entanto, nem sempre é divertido e recompensador. Às vezes chega a ser um trabalho perigoso.

Cinco guardas foram mortos no Virunga National Park no ano passado, numa emboscada de rebeldes. E, desde 1996, houve 130 assassinatos de guardas florestais em Virunga.

O leste do Congo é alvo de conflitos entre forças do governo e diferentes grupos armados. Alguns desses grupos ocupam áreas do parque florestal e praticam caça ilegal de animais. Por isso, é comum que entrem em confronto com quem trabalha protegendo os animais selvagens que vivem no local.