Robôs decepcionam e humanos são convocados para montagem de avião da Boeing
Um a zero para os humanos. Após quatro anos de tentativas, a Boeing desistiu de uma de suas incursões mais ambiciosas na automação: os robôs que constroem duas seções principais da fuselagem dos jatos 777 e uma versão atualizada chamada de 777X.
Agora, a fabricante de aviões com sede em Chicago vai contar com mecânicos qualificados para inserir manualmente os prendedores nos orifícios perfurados ao longo da circunferência do avião, usando um sistema conhecido como "ferramenta de automatização flexível", aperfeiçoado durante anos de uso no 787 Dreamliner.
A mudança para o novo sistema humano-mais-máquina começou durante o segundo trimestre e deve ser concluída até o fim do ano, disse o porta-voz da Boeing, Paul Bergman, em comunicado. A Boeing não planeja nenhuma mudança na equipe total para seus jatos 777, fabricados em Everett, Washington, cerca de uma hora ao norte de Seattle.
"A solução de ferramenta flexível se mostrou mais confiável, exigindo menos trabalho manual e menos trabalho dobrado do que a capacidade dos robôs", disse.
Por mais tentadora que seja a automação - com a promessa de uma força de trabalho mecanizada que nunca fica doente, cansada ou com fome -, fabricantes identificam muitos casos em que a tecnologia não consegue igualar a destreza, a criatividade e a precisão das mãos e olhos humanos.
Como no famoso caso da Tesla, que tentou construir uma fábrica de automóveis totalmente automatizada em Fremont, na Califórnia, mas teve que instalar uma barraca do lado de fora para acelerar a produção com trabalho manual.
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