Brasil avalia risco antes de escolher parceiro em 5G, diz general Heleno
A Presidência da República está fazendo uma ampla análise de risco antes de o governo escolher um parceiro para construir a rede móvel ultrarrápida de quinta geração no Brasil.
O chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse em entrevista que o governo está ciente das alegações dos EUA de que a chinesa Huawei usa componentes que podem ser usados—para espionagem. Heleno disse que o governo está coletando informações sobre o tema, mas descartou vetar a participação da empresa no leilão do ano que vem, dizendo que a medida seria muito drástica.
Segundo Heleno, dados são motivo de preocupação e o acesso a eles é algo assustador e novo para o mundo todo. "A grande ameaça que é colocada nessa história é que o 5G vai permitir a quem possuir a tecnologia saber quem você é, quanto você ganha, sua conta bancaria", disse, acrescentando que a oferta do 5G será um boa briga.
As autoridades norte-americanas pediram ao Brasil e outros aliados que não confiem nos componentes da Huawei em suas redes 5G, dizendo que isso facilitaria a espionagem por Pequim. O Departamento de Estado dos EUA advertiu que poderá reduzir a cooperação de segurança com o Brasil se o país der aval à empresa de tecnologia chinesa.
O presidente Jair Bolsonaro é um aliado próximo do presidente dos EUA, Donald Trump, e ao mesmo tempo está estreitando laços com a China, depois de criticar Pequim no início deste ano. A China é o principal parceiro comercial do Brasil.
Bolsonaro se reuniu duas vezes com seu colega chinês Xi Jinping desde outubro. No início desta semana, o presidente brasileiro conversou com o CEO da Huawei em Brasília. Após a reunião, Bolsonaro disse que seu país escolherá quem tiver a melhor oferta para construir sua rede 5G.
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