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Governo do Equador apura vazamento de dados de cidadãos equatorianos

Getty Images
Imagem: Getty Images

Da EFE

16/09/2019 15h24

O governo do Equador está apurando se houve vazamento de milhões de dados de cidadãos equatorianos, a partir de um servidor localizado em Miami, nos Estados Unidos, segundo informações obtidas nesta segunda-feira pela Agência Efe.

A empresa israelense de segurança cibernética vpnMentor confirmou que hoje a divulgação indevida de informações confidenciais, inclusive, pessoais e financeiras de milhões de pessoas no país.

Atualmente, o governo está reunindo os detalhes sobre os envolvidos e trabalhando para analisar o possível vazamento. O posicionamento oficial só veio depois da divulgação da notícia, em declaração da ministra do Interior, María Paula Romo.

"É muito grave a informação que recebemos nas últimas horas, sobre o vazamento de dados pessoais dos equatorianos", afirmou a titular da pasta.

Os especialistas da vpnMentor, Noam Rotem e Ran Lokar, descobriram a existência de uma base de dados que contém detalhes individuais de milhões de pessoas do Equador, provavelmente a maior parte da sua população, que é composta por 16 milhões de habitantes.

Entre as informações que foram vazadas estão algumas referentes a salários recebidos, postos de trabalho, inclusive, as relações parentais de equatorianos.

O ministro de Telecomunicações, Andrés Michelena, convocou para esta segunda-feira especialistas em segurança cibernética para analisar a situação e verificar se realmente aconteceu o roubo em massa de dados.

Segundo os especialistas israelenses, as informações poderiam ser utilizadas para desvio de dinheiro e falsidade ideológica.

Em abril do ano passado, o Equador revelou que havia solicitado a Israel, cooperação em matéria de cibersegurança, para enfrentar a onda de ataques que teriam surgido em resposta a retirada do asilo ao ativista australiano Julian Assange, na embaixada em Londres.

No mesmo dia da decisão, as forças de segurança equatorianas detiveram o hacker sueco Ola Bini, suspeito de tentar acessar sites e dados de órgãos oficiais. Dias depois, o Ministério de Telecomunicações do país sul-americano relatou ter sofrido 40 milhões de ataques cibernéticos.