Maioria da redes sociais continua bloqueada em Cuba após protestos
A maioria das redes sociais e aplicativos de mensagens continuava bloqueada no serviço de internet móvel de Cuba nesta quinta-feira (15), quatro dias depois dos protestos contra o governo.
A ONG Netblocks reportou que o acesso ao Youtube também passou a apresentar limitações, problemas que já tinham sido notados em Facebook, WhatsApp e Twitter.
"As restrições específicas podem limitar o fluxo de informação de Cuba após os amplos protestos de domingo, nos quais milhares de pessoas se manifestaram contra as políticas do governo e a inflação. As restrições estão mantidas na manhã desta quinta-feira", explica o comunicado.
O acesso à internet é possível nos locais de Wi-Fi públicos e também, embora com relatos de instabilidade, nos serviços Nauta e ADSL nos domicílios, mas poucos cubanos podem pagar pela conexão em casa devido ao alto custo.
As telecomunicações em Cuba são inteiramente dependentes da estatal Empresa de Telecomunicaciones de Cuba (ETECSA), que há dois anos e meio começou a oferecer serviços de dados móveis.
O serviço ficou desabilitado no domingo, após os protestos se estenderem por todo o país. Alguns cidadãos passaram a recorrer a plataformas de rede privada virtual (VPN) para retomar o acesso às redes 3G ou 4G de seus dispositivos.
"Os serviços VPN, que podem driblar a censura da internet, continuam sendo eficazes para muitos usuários", destacou a Netblocks.
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