Multinacional aposta no Brasil para desenvolver pesquisa clínica na América Latina
A transação, cujo valor é confidencial, foi concluída após oito meses de negociações e reforça a aposta da empresa pelo país como porta de entrada para a América Latina, considerada estratégica para o plano de expansão global do líder mundial em pesquisas clínicas descentralizadas, de acordo com a vice-presidente de Centros de Pesquisa da Care Access, Christy Kelln.
Em entrevista à Efe, Kelln também defendeu o potencial de crescimento do Brasil, principalmente devido à grande diversidade de pacientes e às experiências locais de estudos clínicos de referência.
"O plano é chegar em todos os lugares, na América Latina, na América Central e no mundo inteiro. O Brasil é o primeiro passo e, a partir daí, vamos expandir e crescer maciçamente", disse Kelln.
A executiva também reafirmou que o objetivo da empresa, com sede em Boston, é oferecer os serviços necessários onde haja pacientes que possam beneficiar deles.
"O nosso crescimento no Brasil não vai acontecer a curto prazo, mas vamos investir muito, especialmente em infra-estruturas, o que vai ter um grande impacto. Vamos nos expandir em clínicas em todo o país, e também nos deslocar até onde o paciente esteja, assim como já fazemos nos Estados Unidos", detalhou Kelln.
"Isto criará mais oportunidades para os pacientes e também novos empregos, no ambiente clínico e nos setores da logística e da educação", acrescentou ela.
Por sua vez, o co-CEO do IBPClin Luis Augusto Russo insistiu na importância da entrada da Care Access no mercado brasileiro e destacou a compatibilidade das duas empresas, que trabalharão em parceria para melhorar a qualidade dos serviços disponíveis no Brasil.
"O setor de pesquisas clínicas está mudando muito com novas tecnologias e medicamentos, e é possível constatar também um aumento do interesse e do comprometimento dos pacientes. Por isso, a população brasileira merece estar em contato com esses avanços e ter acesso a eles", disse Russo.
O médico, que está à frente da empresa que em duas décadas já colaborou com 162 estudos clínicos, afirmou que a pandemia da Covid-19 trouxe uma grande visibilidade para as pesquisas clínicas, inclusive no Brasil, que apesar de ser uma referência internacional ainda enfrenta muitos desafios.
Para Russo, é necessário acelerar o processo regulatório no país e elaborar uma melhor interface que conecte a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com os órgãos que desempenham a mesma função em outros países.
Além disso, ele também considera essencial melhorar a logística para democratizar o acesso a serviços de qualidade em território de dimensões continentais.
"Temos que ir até onde os pacientes estão, levar nossos serviços até onde vivem, mesmo que seja longe das grandes cidades, mas com a mesma qualidade e integridade, e a Care Access tem esta capacidade fantástica", concluiu. EFE
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