Participantes usam chat para transformar pavilhão da Campus Party em "Santa Ifigênia"
A maioria dos participantes da Campus Party comparece ao evento para usufruir da banda larga generosa (10 Gbps), participar das oficinas, das palestras e encontrar amigos. Porém, por meio de bate-papo online, há quem anuncie a venda de acessórios de computador como cartão de memória, disco rígido, placas de vídeo e até o próprio gabinete dos PCs.
Comércio paralelo
Maurycio Giovani, 32, está vendendo o gabinete modificado (sem o hardware) por R$ 2 mil
Maurycio Gyovanni, 32, veio do Mato Grosso do Sul e trouxe vários acessórios. “Já vendi um disco rígido de 750 GB por R$ 120.”, disse. Questionado pela reportagem se ele não achava o preço muito barato, respondeu: “Eu tenho a vantagem de morar próximo ao Paraguai. Então, comprei barato e estou vendendo por um preço que acho justo.” O HD tinha sete meses de uso e foi adquirido por R$ 100 na fronteira.
“Eu não vim para cá com esse intuito, mas como já tinha comprado equipamentos mais novos, resolvi trazer e vendê-los, até para não levar muito peso na volta”, justificou Gyovani. Além dos discos, ele também está vendendo o próprio gabinete estilizado (sem o hardware) por R$ 2.000 e um conjunto de som por R$ 900 (adquirido, e até com nota de que passou pela alfândega do Paraguai, por US$ 450).
O programa utilizado pelos usuários para divulgarem as ofertas é o DC ++. Além de ser um compartilhador de arquivos (os campuseiros baixam e disponibilizam conteúdo por meio desse programa), ele também tem a opção de chat. Em pouco tempo de navegação, foi possível ver anúncios de venda de iPods e até roteadores.
Hardware delivery
Há ainda quem utilize métodos mais sofisticados de venda. “É só o cara confirmar para mim que vai comprar, que eu busco na minha casa que é aqui perto”, disse Herlon Majollo, 25, que trabalha como administrador de rede. Ele tem três computadores desmontados em seu quarto com as mais diversas peças: HD, placa de vídeo, memória, placa-mãe, etc.
“Para o cara que tem medo de andar em São Paulo e ir até a Santa Ifigênia é uma boa, pois ele não precisa sair daqui e ter o trabalho de pegar um ônibus até o centro”, justificou.
Até agora Herlon vendeu apenas um HD de 320 GB por R$ 100. No entanto, relatou que está diversificando os negócios. “Quando for um pouco mais tarde, vou até o supermercado comprar uns refrigerantes e anunciar. Aqui uma latinha custa R$ 4, eu vendo por R$ 3,50 e saio no lucro.”
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