Tablets, inovação, gadgets e 'bagunça': veja como foi a feira de tecnologia Cebit 2011
Nos primeiros dias, trens chegavam à Cebit 2011, que já foi considerada a maior feira de tecnologia do mundo, sem aquela lotação típica da edição anterior. Foi possível andar pelos pavilhões com tranquilidade. Só nos últimos dois dias que o evento encerrado neste sábado (5), na Alemanha, ganhou fôlego e atraiu multidões aos centros de exposições. Num ano em que a promessa era reconquistar consumidores finais com tecnologias mais “palpáveis”, a Cebit ficou no meio do caminho. E quem brilhou, mesmo, foram os tablets.
Veja o que rolou na Cebit 2010
Turquia foi o país convidado nesta edição do evento
- Febre de tablets coloca notebooks e e-readers em segundo plano
- Nova geração de celulares chega ao mercado 'padronizada'; diferença está nos detalhes
- Teclado virtual projeta teclas na superfície da mesa
- Conheça as invenções mais criativas da Cebit 2011
- Conheça as booth babes; as modelos que promovem as marcas na feira de tecnologia
Um dos problemas da feira é sua estrutura quase imutável: de um ano para outro, os estandes das grandes fabricantes podem até mudar de visual, mas não de lugar. Por que o estande da Dell fica no pavilhão número 2, enquanto outras companhias concorrentes ficam agrupadas nos pavilhões 14 a 18? Por que lançamentos saídos direto do forno – no caso, tablets – ficam pulverizados em estandes de operadoras e às vezes nem mesmo estão presentes nos das fabricantes?
Mesmo trazendo novidades em telefonia celular e computação pessoal, para quem visita a feira (e não é jornalista) fica difícil encontrar os produtos mais interessantes, fragmentados em meia dúzia de pavilhões, dos quase 30 existentes. Foi preciso percorrer quatro halls diferentes e cruzar informações (desencontradas), por exemplo, até achar o Galaxy Tab 10.1, que está na lista dos principais concorrentes do iPad 2. A dificuldade se deu porque o tablet da Samsung não estava no estande de sua própria fabricante.
Se a Cebit pretende retomar o mesmo brilho, deve no mínimo desengessar sua estrutura e reorganizar a distribuição das companhias nos pavilhões. O evento, que chegou a ter mais de 8 mil expositores e quase meio milhão de visitantes, fecha 2011 com 4 mil empresas e 300 mil participantes.
Potencial para isso, ela tem: não chega a ser palco de lançamento de grandes novidades, mas é onde diversas empresas exibem aquilo que chegará ao mercado nos próximos meses, como lançamentos de celulares. Em 2010, definido por Steve Jobs, diretor-executivo da Apple, como “o ano do iPad 2”, os tablets roubaram a cena (confira abaixo diversas alternativas ao ultraportátil da Apple). Os desktops, notebooks e e-readers ficaram, definitivamente, em segundo plano.
O futuro é aqui
A feira, no entanto, ainda é imbatível no quesito tecnologias de vanguarda, que fazem parte de seu DNA. A produção das universidades alemãs, além de criativa, mostra o quanto o país se preocupa com o investimento em educação superior. A maioria dos aplicativos apresentados no “Pavilhão do Futuro”, como os minirrobôs movidos pela força do pensamento, não recebe investimentos de empresas privadas, e sim do próprio governo do país.
Grande parte das invenções facilmente poderia ser comercializada, como no caso do software para corredores, ou aplicada em instituições públicas, como no caso do Centro de Operações Inteligente.
Há ainda sincronia entre tecnologias novas: o Prius, carro elétrico, mostrou que pode virar um centro de entretenimento para passageiros graças à conexão ultrarrápida de internet móvel.
Invasão asiática
O que parece crescer a cada ano é a “feirinha asiática” dentro da Cebit. Algumas soluções, de tão simples (e por vezes toscas), estão no extremo oposto da alta tecnologia alardeada na publicidade da feira. E, paradoxalmente, são interessantes na mesma medida.
O UOL Tecnologia encontrou neste ano um teclado virtual para tablets, que é projetado em qualquer superfície lisa; um outro teclado que também é escâner; uma câmera que tenta se esconder embaixo de uma capa de ursinho (mas não consegue). Teve até vendedor tentando convencer o visitante que uma capa à prova d’água para celulares é útil para atender ligações embaixo do chuveiro. Veja esses e outros produtos aqui.
Entre as asiáticas, a maior surpresa da reportagem foi reencontrar uma fabricante chinesa de tablets, que chama a atenção por levar a marca francesa Pierre Cardin. Neste ano, ela ocupa um estande do tamanho de “gente grande” e afirma ter 20 (!) modelos de ultraportáteis, com planos de chegar a 30 (!) até o final do ano. No ano passado, os eletrônicos ficavam expostos em duas únicas prateleiras, em cima de um pano de cetim esfiapado, num estande dos menores do evento.
No Brasil, uma palhinha do que é a Cebit poderá ser vista entre os dias 10 e 12 de maio, em Porto Alegre. Mas será difícil reproduzir a mesma infraestrutura do evento de Hanover: na versão brasileira, a expectativa é receber 10 mil pessoas. Ao menos no quesito “booth babes”, os brasileiros não devem ficar para trás (veja aqui as booth babes, modelos que promoveram produtos na Cebit 2011).
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