Nada de Kinect: 'Counter Strike' faz alegria em feira geek e rende US$ 65 mil em prêmio
Deve ter sido a maior concentração de adolescentes por metro quadrado da Alemanha. Na Cebit 2011, feira de tecnologia realizada em Hanover, eles chegaram em bandos e lotaram o pavilhão onde foram realizadas as competições de videogames. Nessa área onde a organização estimava a visita de 20 mil pessoas, no entanto, não havia o moderno Kinect, que identifica movimentos dos jogadores. O portátil Nintendo 3DS também ficou de fora. Os gamers estavam lá, mesmo, para jogar (e ver jogarem) no computador os tradicionais “Counter-Strike”, “StarCraft II”, “Quake Live” e “League of Legends”.
Esses títulos estavam entre os premiados pelo campeonato “Extreme Master”. O “Counter-Strike” é o jogo mais “rentável”, distribuindo US$ 65 mil entre as equipes profissionais: o time ucraniano Natus Vincere, formado por seis jovens, ficou em primeiro lugar e levou sozinho US$ 35 mil. A equipe vencedora de “StarCraft II” ganhou US$ 13 mil, a de “Quake Live” embolsou US$ 8,5 mil e a de “League of Legends”, US$ 4,75 mil. Segundo a Cebit, a patrocinadora Intel distribui US$ 400 mil, no total, aos vencedores.
Era tanta gente querendo entrar no local que a organização, excepcionalmente, teve de controlar o fluxo de pessoas: isso não aconteceu em nenhum outro dos quase 30 pavilhões da feira. Quando o visitante finalmente conseguia se arrastar para dentro do pavilhão, entendia a fascinação dos jovens: além do campeonato, os populares jogos estavam disponíveis para o público nas fileiras e mais fileiras de computadores poderosos.
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“Vim porque sou fã de World of Warcraft”, comentou Isabelle Fricke, 18, uma das poucas representantes femininas no pavilhão lotado de garotos. Esse é o segundo ano que Isabelle participa da Cebit. Questionada se não seria mais interessante jogar o Kinect da Microsoft, ausente naquele pavilhão, Isabelle confessou que gostaria de conhecer o console. Mas ao ver a massa de adolescentes a sua volta, amenizou o comentário. “Não acho que seria uma boa ideia. Se já está cheio desse jeito, imagine se trouxesse o Kinect aqui.”
E onde estavam as novidades?
O Kinect, que já passa de 10 milhões de unidades vendidas no mundo, estava na Cebit nesta edição, mas de forma um tanto tímida. Eram apenas três aparelhos para o público conhecer e jogar, no estande gigante da Microsoft (e que ficava bem longe do pavilhão dos games).
O interesse maior no console, que é controlado exclusivamente com movimentos do corpo do jogador, era das crianças. Ao menos, enquanto a reportagem do UOL Tecnologia estava lá, nenhum adulto mais desinibido tentou jogar. E apesar do grande número de pessoas assistindo ao desempenho dos pequenos, nada se compara à multidão adolescente encontrada no pavilhão dos videogames mais tradicionais.
Outra grande novidade para gamers, o Nintendo 3DS, deu as caras no estande da companhia na feira -- no meio de um pavilhão com produtos dos mais variados. O console portátil da fabricante dispensa o uso de óculos para que o jogador veja as imagens em três dimensões. Nem mesmo o gadget mais "fresco" foi páreo para as centenas de computadores com jogos há muito tempo mais populares.
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