Cofundador da Microsoft, Paul Allen descarta vingança contra Bill Gates em biografia

Em entrevista ao programa americano “60 minutes”, Paul Allen, confundador da Microsoft, descartou que sua autobiografia “Idea Man: A Memoir by the Co-founder of Microsoft” (“Homem ideia: um livro de memórias do cofundador da Microsoft”, em tradução livre) seja uma espécie de vingança contra seu antigo companheiro de trabalho, Bill Gates. As informações são da agência AP.

Apesar de apenas terem sido divulgados alguns trechos da entrevista – que vai oficialmente ao ar neste domingo nos EUA –, Allen diz que o livro busca abordar uma parte importante da história da tecnologia e que seu objetivo era apenas contar o que realmente aconteceu.

Em trechos de seu livro (que será lançado no próximo dia 17 de abril na América do Norte), Allen comenta sobre a dificuldade de trabalhar com Bill Gates nos primeiros anos da Microsoft. Além disso, o cofundador da Microsoft dá detalhes da tentativa de Gates e Ballmer (atual CEO da Microsoft) de reduzirem as atribuições dele por não estar “trabalhando o suficiente” – na época, Allen se tratava de um câncer.

“Incapaz de aguentar isso por muito tempo, eu me irritei com eles e gritei: ‘Isso é inacreditável! Isso só mostra o caráter de vocês, de uma vez por todas’. Eu estava falando com ambos, mas de forma especial ao Bill”, diz um fragmento do livro, publicado na revista “Vanity Fair”, sobre o episódio.

Alguns anos após o ocorrido, em 1983, Allen deixou a Microsoft como multimilionário. Até hoje, ele sempre figura na lista da revista “Forbes” das pessoas mais ricas do mundo.