Sites pesados e busca difícil são barreiras ao acesso à web no Brasil

A média brasileira de domicílios com internet subiu de 24% em 2009 para 27% em 2010. Porém, destes usuários a maioria apresentou duas barreiras para o uso da web: o acesso a sites pesados e a dificuldade em achar informações nas páginas. As informações são da pesquisa TIC Domicílios 2010, estudo encomendado pelo CGI (Comitê Gestor da internet), que dá um panorama do uso da web pelos usuários brasileiros.

Em ordem, as principais barreiras, segundo os entrevistados são: acessar sites demora muito/páginas pesadas (37%), não encontro a informação desejada no site (21%) e dificuldades em ler textos longos (14%).

Do ponto de vista estrutural, as barreiras para o acesso são o preço (49%) e indisponibilidade do serviço na região que vive (23%) -- esse último fator é mais corrente em regiões rurais.

Quanto ao acesso ao computador, a dificuldade da população que ainda não tem é, predominantemente, em função do custo elevado e por não terem condições de pagar (74%). Há ainda pessoas que argumentam que não têm interesse em comprar um PC (38%), outros falam que não têm habilidade ou necessidade (26%) e até quem fale que o custo benefício não vale a pena (8%).

Queda no uso de LAN houses

Há três anos, as LAN houses (ou centros públicos de acesso pago, na linguagem do estudo) eram vistas como pontos fundamentais para a inclusão digital. Em 2008, em áreas urbanas, 47% dos entrevistados disseram acessar a rede nesse tipo de estabelecimento, enquanto 43% informaram navegar na rede no próprio domicílio. No entanto, de acordo com o levantamento, o cenário tem mudado.

A participação desses estabelecimentos tem diminuído aos poucos na vida do internauta brasileiro. Em 2010, 57% dos entrevistados afirmaram acessar a rede de casa, enquanto 34% usam LAN houses. Após esses dois primeiros locais, os que tiveram maior ocorrência foram o acesso na casa de outra pessoa (27%), no trabalho (22%), em escolas (14%) e em centros públicos de acesso gratuito (4%), também conhecidos como telecentros.