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No Brasil, computadores portáteis ainda estão concentrados nas classes A e B

Estudo feito em regiões metropolitanas indica: 15% dos lares têm notebooks no país. Nas classes A e B, números ficam em 47% e 23%  - ThinkStock
Estudo feito em regiões metropolitanas indica: 15% dos lares têm notebooks no país. Nas classes A e B, números ficam em 47% e 23% Imagem: ThinkStock

Da Redação

26/09/2011 12h38

Um estudo realizado em 16 regiões metropolitanas do Brasil indica que 58% dos domicílios possuem computadores em um cenário ainda dominado pelos desktops. “Enquanto 56% dos lares possuem pelo menos um desktop, apenas 15% possuem pelo menos um notebook”, afirma o estudo Tech Metrics Brasil, divulgado nesta segunda-feira (26) e produzido pela Intel em parceria com a Ipsos Brasil. Os portáteis ainda estão bastante concentrados nas classes A e B: 47% e 23% dos domicílios, respectivamente.   

A penetração mais expressiva dos portáteis está no Distrito Federal, onde eles chegam a 25% das residências, e a menor fica no Sudeste, com 13%. A média nacional é de 15%.

Ao menos 19% das residências pesquisadas têm mais de uma máquina. Em 9% dessas casas, desktop e notebook dividem espaço: o primeiro é considerado o computador da família, e o segundo é de apenas um dos moradores. “Enquanto apenas 12% dos desktops nos lares são considerados de uso individual, para os notebooks esse percentual é de 46%”, diz a pesquisa.  

Nas classes C e D, especificamente, a presença de mais de um computador no lar fica em 7% e 4%. Cerca de 56% das casas de classe C têm uma máquina, enquanto o mesmo acontece em 22% das residências de classe D.

Sonho de consumo

Entre os 2.500 entrevistados com idades entre 16 e 65 anos, 47% disseram que sua próxima compra de eletroeletrônico será um computador – desktop, notebook ou netbook. Depois disso aparecem as TVs LCD (16%), celular com câmera e música (8%).

Desktops e notebooks praticamente dividem a preferência da compra (25% e 19%, respectivamente), enquanto os netbooks aparecem com 3% da intenção. Entre a classe A, 28% dizem querer adquirir um computador portátil; esse número fica em 11% na classe D.

Dos entrevistados, apenas 2% possuíam um smartphone e 1% disseram ter interesse em comprar um celular inteligente. A participação dos tablets foi ainda menor: 1% considerando aqueles que têm e que desejam adquirir um ultraportátil nos próximos 12 meses.

'Abismo' social

Entre aqueles que ainda não têm um computador, 66% disseram que o motivo é a falta de dinheiro e condições de financiamento.  Nos lares sem computadores, diz o estudo, a renda familiar média representa menos da metade da renda das casas com computadores.

Ter uma máquina, no entanto, não é essencial para o acesso à internet. Entre os donos de computadores, 96% dizem acessar a internet regularmente; o número fica em 93% entre aqueles que não têm PCs. O acesso à web faz parte do dia a dia de 99% das pessoas da classe A, 97% da classe B, 96% da C e 88% da D.

Regiões

O estudo considera a região Centro-Oeste a mais avançada se considerada a inclusão digital, alta concentração de notebooks (25%) e densidade de PCs (35% das casas têm mais de uma máquina). O Sudeste é campeão na penetração de computadores (69%), mas apresenta menor percentual de notebooks (13%). No Sul, a maioria dos computadores é de uso compartilhado: apenas 10% dos desktops e 30% dos notebooks são individuais.

O Nordeste, continua o estudo, tem a menor penetração de computadores em domicílios (53%). Já a região Norte destaca-se pelo acesso à internet via 3G, que apresenta a maior média do país (27%).

As 16 regiões metropolitanas consideradas foram São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Votorantim, Curitiba Porto Alegre, Balneário Camboriú, Brasília, Goiânia, Fortaleza, Salvador, Recife, Petrolina, Sobral e Belém.