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Fabricantes têm metas audaciosas para categoria de notebooks ultrafinos no país

RODRIGO VITULLI || UOL Tecnologia*

Na Praia do Forte, Bahia

21/11/2011 15h20

Anunciados em maio de 2011, os ultrabooks são promessas de um computador pessoal ainda mais veloz e com maior autonomia de bateria. A Intel e fabricantes como HP, Acer e Asus esperam que 2012 seja o ano dessa nova categoria de computadores, que começa a chegar ao mercado brasileiro ainda em 2011. Na prática, os ultrabooks funcionam como uma evolução natural e bem-vinda dos notebooks. E com alguns gramas a menos.

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    Diretor de desenvolvimento da Intel exibe dois modelos de ultrabooks em evento na Bahia

Os ultrabooks são computadores pessoais ultrafinos com capacidade comparável à de notebooks tradicionais e desktops de alto desempenho. Os modelos mais sofisticadosdispensam o uso de HD (discos rígidos) e dão lugar a uma memória sólida (SSD) que, basicamente, funciona como um pendrive gigante. Esse tipo de memória é mais eficiente em relação ao desempenho e consumo de energia.

Como toda tecnologia de ponta, o alto preço é um fator que pode desanimar os consumidores. O primeiro modelo a chegar ao Brasil será o Acer Aspire S3 (clique para saber mais). Com a configuração mais básica, o modelo irá custar R$ 2.800, valor muito próximo ao principal concorrente, o MacBook Air, da Apple.Nos Estados Unidos, os aparelhos começaram a ser vendidos em outubro de 2011.

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    Imagem mostra o ultrabook da HP, Pavilion DM3, em comparação a um notebook tradicional

Benefícios

Os primeiros modelos de ultrabooks vendidos mundialmente têm características muito semelhantes às dos notebooks. Os processadores Intel Core de segunda geração (i3, i5 e i7), conhecidos pelo codinome Sandy Bridge, equipam tanto os ultrabooks como notebooks. Porém, alguns modelos de ultrabooks são aperfeiçoados para ter autonomia de bateria e rápida inicialização semelhante àquela dos tablets. 

Segundo a HP, seu ultrabook Pavilion DM3, que estará disponível no mercado brasileiro em 2012, é capaz de suportar 9 horas de uso contínuo executando tarefas básicas. O concorrente da Acer, por outro lado, é capaz de inicializar, após o estado de hibernação, empouco mais de um segundo. Já afabricante Asus oferece, além de um design diferenciadoe bom desempenho de bateria, a possibilidade de utilizar as portas USB enquanto o computador permanece em stand by (veja o review completo).  


Meta audaciosa

Segundo o diretor de desenvolvimento tecnológico da Intel para a América Latina, Reinaldo Afonso, o objetivo é que os ultrabooks representem 40% das vendas mundiais de computadores pessoas no ultimo trimestre de 2012. Apesar da meta audaciosa, a Intel não considera que os ultrabooks tomarão o lugar dos notebooks: “Existe mercado para todas as categorias. Os ultrabooks se inserem em um nicho ainda inexplorado e têm muito a crescer”, afirma Afonso.

Na prática os ultrabooks irão percorrer um caminho já desbravado pelo MacBook Air, da Apple. O notebook extremamente fino que Steve Jobs tirou de um envelopeem 2008 foi o precursor dos ultrabooks. Já com memória estilo SSD (alternativa aos discos rígidos), os MacBook Air são preferência de quem não dispensa um teclado físico e bom desempenho, mas faz questão de mobilidade e autonomia.

De fato, a estrutura de umultrabook lembra, e muito, um Mackbook Air. Apesar do alto custo, a expectativa é que, no final de 2012, o preço dos ultrabooks mais acessíveis alcance o valor de R$ 1.800.


Avanço natural

A expectativada Intel é que a próxima geração dos processadores de codinome Ivy Bridge, com lançamento previsto para 2012,torne os ultrabooks ainda mais eficientes. Segundo a empresa norte-americana,a nova geração de processadores será capaz de consumir até 20 vezes menos energia enquanto permanecer em estado de hibernação. Apesar do baixo consumo, o computador poderá executar tarefas básicas em repouso, como atualizar e-mails ou emitir alertas.

A Intel adota posições conservadoras quanto ao fim dos notebooks e netbooks como são conhecidos hoje. Apesar disso, a popularização e o barateamento dos custos de produção de um ultrabook serão atrativos suficientes para que os consumidores façam a opção por um hardware mais fino, portátil e eficiente no futuro. 

* O repórter viajou a convite da Intel